Em uma entrevista concedida ao jornal O Estadão de S.Paulo, o estilista Alexandre Herchcovitch falou sobre seu trabalho com Dilma Roussef, deu uns pitacos no caso Galliano (Alexandre é judeu) e fez declarações sobre sua vida pessoal.

Nos meses que antecederam as últimas eleições para presidente do Brasil, o suposto trabalho de Herchcovitch como personal stylist de Dilma foi bastante comentado. No entanto, o projeto foi interrompido no meio do caminho. “A Dilma foi muito exigente e eu tive poucos recursos para exercer meu trabalho. Para o que me foi pedido, teria de passar mais tempo com ela que os três encontros permitidos: um de oito minutos, outro de 12 minutos e o terceiro com cinco minutos. Foi impossível. Um grande desafio que aceitei e não consegui cumprir por falta de estrutura e de tempo entre nós. Gostaria de ter acertado de primeira, mas não deu”, disse o estilista ao Estadão. Segundo ele, foi um mês de tentativa, mas dias antes da eleição o trabalho teve que ser interrompido.

Quando questionado sobre quais mulheres públicas ele considera elegante, não foi surpresa os nomes citados: Michelle Obama e Carla Bruni. “Nunca vi errarem. Olha-se para as duas e elas não erram a ponto de ficar chato”, completou.

Herchcovitch é judeu, mas preferiu não julgar muito o comportamento de Galliano no fatídico episódio antissemita. “Será que ele não falou da boca para fora? Será que não queria dar um basta numa conversa? Não sei. Hoje uma pessoa pública não pode falar o que quiser. Eu mesmo levo bronca da minha assessora porque falo o que quero no Twitter. Não dá para separar a vida pessoal da profissional”.

Além desses assuntos, o estilista falou sobre a moda brasileira, sua marca, família e sua vida social. Homossexual assumido, ele é casado com outro homem e foi questionado sobre adoção de crianças na entrevista. “Sabe qual é o meu sonho? Que alguém largue uma criança na minha porta”, respondeu.


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Herchcovitch fala sobre Dilma, Galliano e vida pessoal