Joaquim Maria Machado de Assis foi um romancista, contista, poeta e teatrólogo é importante nome da literatura brasileira. Afro-descendente, filho de um mulato pintor de paredes e uma lavadeira portuguesa, Machado é considerado um dos criadores da crônica em nosso país. Foi ele também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, instituição da qual foi um dos fundadores.
Teve infância de saúde frágil. Sofria de epilepsia e era gago. Sem acesso à educação formal, aprendeu francês em aulas com a proprietária de uma padaria. Seria Machado o tradutor da importante obra Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo. Aprendeu também, como autodidata, inglês e alemão.
Machado de Assis começou trabalhando como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Oficial. Aos 15 anos, estreou na literatura com a publicação do poema “Ela”, na revista Marmota Fluminense.
Colaborador constante de jornais da época, escrevia como cronista, contista, poeta e crítico literário. Seu primeiro livro foi lançado em 1864, reunindo poemas sob o título de Crisálidas. Escreveu, na chamada primeira fase de sua carreira, uma série de obras de caráter romântico, como Ressurreição, 1872, Helena, 1876, e Iaiá Garcia, de 1878.
Em 1881, iniciou uma fase dedicada ao realismo, com o lançamento de Memórias Póstumas de Brás Cubas, história inusitadamente narrada por um defunto. Desta fase, pertencem as obras Quincas Borba, 1892, Dom Casmurro, 1900, Esaú e Jacó, 1904, e Memorial de Aires,1908, entre outras. Em 1989, o escritor Mario Chamie rebateu afirmativa referente à obra de Machado, abordando o uso da expressão “quase ministro”, no livro Quincas Borba.
Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908, em sua casa, no bairro carioca do Cosme Velho.