O governo sérvio proibiu a realização da Parada do Orgulho Gay, que estava prevista para sábado na capital Belgrado, por motivos de segurança, depois que grupos homofóbicos anunciaram boicote ao desfile.
A decisão, anunciada nesta quarta-feira, foi tomada “antes de tudo, para proteger os cidadãos de Belgrado, impedir eventuais enfrentamentos, conflitos e desordens que poderiam colocar em perigo também embaixadas de países estrangeiros”, justificou em comunicado Iviva Dacic, primeiro-ministro e titular da pasta do Interior.
Dacic assegura na nota que “avaliou que, neste momento, a segurança e a paz poderão ser colocadas em risco e, com isso, os interesses dos cidadãos e do Estado”.
A proibição afeta também as partidas de futebol previstas para o mesmo dia, que foram adiadas.
O comunicado do Ministério do Interior adverte que a última coisa de que a Sérvia necessita, são os enfrentamentos. Os organizadores do evento tinham advertido, anteriormente, que uma proibição se transformaria em uma “derrota do Estado”.
Diversas organizações direitistas anunciaram que fariam manifestações simultâneas à Parada do Orgulho Gay.
No ano passado, a mesma marcha foi proibida perante a ameaça de grupos homofóbicos.
Em outubro de 2010, os homossexuais sérvios puderam realizar sua primeira marcha em Belgrado, apesar da forte oposição de grupos homofóbicos que atacaram os policiais que protegiam os participantes da Parada do Orgulho Gay, em enfrentamentos que deixaram mais de 100 feridos.