(Da redação) O projeto do Ministério da Saúde que prevê o fim dos fumódromos está parado há um ano na Casa Civil. Sem a devida avaliação, parlamentares da própria base governista trabalham no Senado com duas propostas distintas. O senador Tião Viana (PT-AC) quer o fim de áreas reservadas a fumantes em todo o País, enquanto que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) defende a existência de áreas restritas.

"É óbvio que o setor que defende a manutenção dos fumódromos ganhou força nos últimos tempos", diz a diretora da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), Paula Johns, em referência a um possível lobby das empresas de tabaco. As organizações não-governamentais e setores que lutam pela implantação das diretrizes estabelecidas pela Convenção-Quadro do Tabaco (acordo internacional com regras para combater e prevenir o tabagismo) tentam agora reforçar o apoio para aprovação do projeto do senador Tião Viana.

Consenso entre médicos e autoridades internacionais que lutam contra o tabagismo, a proposta do fim dos fumódromos no Brasil sofreu ao longo do último ano um desgaste típico dos projetos que carecem de força política.

"Não há justificativas sensatas para esses locais onde o fumo é permitido. A ciência já demonstrou os riscos do fumo passivo e a população em sua grande maioria apoia a ideia", completa Paula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Governo engaveta projeto sobre fim de fumódromos

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