(EFE) – Centenas de funcionários da fabricante de sutiãs Body Fashion, filial da alemã Triumph International, protestaram hoje diante da embaixada alemã em Bangcoc contra a direção da empresa por demitir um empregado que supostamente ofendeu o Rei da Tailândia.
A manifestação transcorreu pacificamente e sem que as forças de segurança interviessem.
O sindicalista tailandês Jitra, de 36 anos, foi despedido em 30 de julho por ir trabalhar com uma camiseta com os dizeres: "Não é crime não se colocar de pé. Não é crime discordar".
Os cinemas na Tailândia exibem todos os dias o hino nacional com imagens do rei Bhumibol Adulyadej, considerado quase uma divindade por um amplo setor da sociedade, momento em que as pessoas devem se levantar caso não queiram enfrentar 15 anos de prisão por desrespeito ao rei.
Isto é o que aconteceu com o tailandês Chotisak Oonsong, de 27 anos, em abril passado.
Dois meses depois, em junho, a tailandesa Ratchapin Chancharoen, de 28 anos, foi levada a uma delegacia de Bangcoc pela mesma atitude e depois foi acusada de ofender a Monarquia.
No mês passado, a Polícia deteve Daranee Charnchoengsilpakul, partidária do deposto primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, por supostos comentários contra o monarca.
O crime de desacato ao rei foi estabelecido na Tailândia para proteger a imagem da Casa Real, mas na realidade é aplicado como ferramenta política e para evitar que se questionem as atribuições, funções e comportamento do chefe do Estado.
Shinawatra foi deposto em 19 de setembro de 2006 por um grupo de militares que lhe acusou, entre outras acusações como nepotismo e corrupção, de crime contra o Rei.
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