A França autorizará homens homossexuais a serem doadores de sangue, o que até hoje não era permitido no país pela crença de que havia um risco superior de contaminação de aids, afirmou nesta quinta-feira a ministra da Saúde, Marisol Touraine.
Por ocasião do Dia Mundial do Doador de Sangue, Marisol se mostrou partidária de “rever a política” que impede homossexuais de doarem. “O critério não pode ser a orientação sexual”, afirmou a ministra, acrescentando que “isso por si não constitui um risco”.
A titular da pasta de Saúde argumentou que, no entanto, “a grande variedade de relações e de parceiros constitui um fator de risco, seja qual for a orientação sexual ou o gênero da pessoa”.
Entidades de defesa dos homossexuais da França reivindicavam há anos acabar com o que consideram uma forma de discriminação, mas até agora só haviam recebido respostas negativas de diferentes governos.
A justificativa para não permitir as doações de sangue de homossexuais se baseava na maior porcentagem de soropositivos que se registra em pessoas do grupo.