Uma conta de viagem no Instagram, com mais de 3.200 seguidores,  revoltou usuários da rede social na última semana após publicar uma foto de um pato de borracha posando em frente ao campo de concentração de Auschwitz, onde mais de 1 milhão de pessoas morreram durante a Segunda Guerra Mundial.

O brinquedo é a ‘face’ da conta ‘atuk.apil’ e não se sabe a identidade real do autor ou autora dos posts. Ele é quem aparece em frente a diferentes monumentos históricos ao redor do mundo, como o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, e a Catedral de São Basílio, na Rússia.

Sua publicação no campo de concentração chamou a atenção do Museu de Auschwitz, que no Twitter indagou: “e se alguém viajando com um pato de borracha e utilizando-o como uma intervenção artística chega no Museu de Auschwitz? O pato de borracha na frente do Portão da Morte é desrespeitoso ou intencional? Ou é o efeito colateral de um mundo visual que devemos aceitar/ignorar”?

O museu também publicou a legenda que acompanhava a foto, apagada pelo autor após a repercussão, e questionou os seguidores: “a legenda mostra que a pessoa sabia o significado do prédio. Isso torna as coisas melhores? Ou talvez piores?” Na ocasião, o dono do pato explicou que Auschwitz foi o maior campo de extermínio da história, que matou mais de 1 milhão de pessoas.

Em resposta à página, o dono do patinho de borracha pediu desculpas. “A intenção do post mencionado anteriormente não era desrespeitar ou gerar controvérsia sobre o assunto. Minhas sinceras desculpas ao Museu de Auschwitz pelo inconveniente e para todos que se sentiram ofendidos”.

Mas os usuários se mostraram divididos. Enquanto muitos acharam a ação desrespeitosa, outras entenderam que o intuito não era tirar uma foto engraçada, mas informar.

“Desrespeitoso, mas talvez não mal intencionado. Gosto de pensar que quem quer que tenha feito isso pelo menos informou milhares de pessoas”, “fiquei chocada quando vi a foto, mas acredito que os seguidores vão aprender algo novo”, defenderam algumas pessoas.

“Claro que eles sabiam o significado de lá. Ninguém vai ao Museu de Auschwitz sem saber o que ocorreu. Isso só torna a foto ainda mais errada”, “é desrespeitoso, mostra falta de maturidade e empatia”, “alguém colocaria um pato feliz na frente de um túmulo? Duvido muito. Por esta razão, a foto não é aceitável e sabendo da história por trás do museu, torna a situação ainda pior”, criticaram outros internautas.

Montagens no Memorial do Holocausto, em Berlim

Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto Memorial do Holocausto O artista israelense Shahak Shapira lançou um projeto de arte chamado Yolocaust, que quer mostrar que é errado tirar selfies desrespeitosas no Memorial do Holocausto, em Berlim, na Alemanha Créditos: Reprodução

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Foto de pato de borracha 'posando' em frente a Auschwitz revolta web