(Da redação) Depois de seis dias onde balada se misturou com discussões de temas quentes da atualidade, o Fórum Social Mundial terminou neste domingo (1/2). Calcula-se que 130 mil pessoas (sendo 3 mil crianças e 15 mil hospedados no super-camping do evento), de 150 países, compareceram ao evento em Belém, no Pará.
Os principais temas foram a crise econômica mundial e o desmatamento da Amazônia. Mais de 1,3 mil índios de etnias de norte a sul do Brasil vieram reivindicar saídas para o problema. Havia todo tipo de manifestação: pela legalização da maconha, pelo direito ao aborto, pela agroecologia, pelo cinema nas periferias.
Estiveram presentes no Fórum cinco presidentes: Luís Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai). Foram 5.808 entidades participantes, com maioria esmagadora da América do Sul: 4.193 eram desse continente. Os organizadores declararam que um de seus objetivos para o futuro é conseguir mais participantes de outros continentes.
Um total de 200 eventos culturais foi realizado durante o Fórum e mais de mil artistas se apresentaram. Cerca de 5 mil profissionais de imprensa cobriram o evento.
Nesta semana, uma das tarefas da organização será decidir a sede do Fórum de 2010. "Temos algumas solicitações para a África, Indonésia, Peru, mas há uma forte tendência que ele aconteça novamente na América Latina", afirmou Adarlice Oterloo, coordenadora do evento, ao site Terra.
E depois do Forum, a teoria começa a virar prática? Segundo Oterloo disse ao Terra, "os comitês do Fórum vão continuar atuando nos locais onde se constituíram, pois o objetivo principal é fortalecer esses processos que se construíram aqui", disse a coordenadora, Aldalice Oterloo.
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