(Da redação) Como parte dos preparativos para a versão brasileira da "Marijuana Global March", que existe desde 1999 e que, no primeiro fim de semana de maio, leva os defensores da legalização da maconha para as ruas de vários países, aconteceu no último sábado (31/1) na Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia) a Marcha da Maconha, no Fórum Social Mundial, em Belém.

Com três horas seguidas de debates sobre a legalização das drogas e uma oficina sobre como organizar a Marcha da Maconha nas cidades brasileiras, a programação começou às 12 horas na Tenda Mundo Livre, dentro do Acampamento da Juventude.

"Queremos descriminalizar a droga e propor um debate sério sobre a legalização de todo o ciclo de produção da maconha, desde o plantio, passando pela comercialização e o uso", afirmou Renato Cinco, do Movimento Nacional pela Legalização da Maconha.

Minutos antes da saída da marcha, a maior polêmica entre os participantes era se o trajeto contemplaria apenas a área interna da universidade, ou se sairiam pelas ruas da cidade. Às 15 horas em ponto, quando saiu a passeata, decidiu-se por circular apenas dentro da Ufra, devido ao grande trânsito que nas imediações.

Viaturas da polícia e carros de bombeiros que passaram pelo meio da passeata foram alvos de protesto através de gritos de guerra, tudo com muito bom humor e descontração.

Atentos à manifestação, alguns índios observavam a movimentação. Uns achavam graça e outros, mais sérios, pareciam perguntar-se "pra quê tudo isso?", afinal, para eles, não existe este tipo de repreensão social.

(Com informações da enviada especial Michelli Byanka Almeida).

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Fórum Social Mundial assiste "Marcha da Maconha"

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