(EFE) – O comandante-em-chefe das Forças Armadas da Bolívia, general Luis Trigo, afirmou hoje ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e à comunidade internacional que rejeita as "intromissões externas de qualquer índole, venham de onde vierem".

As Forças Armadas da Bolívia "não permitirão que nenhum militar ou força estrangeira pise em território nacional", declarou Trigo durante um comparecimento à imprensa, no qual leu um comunicado junto com outros chefes militares.

Nesta quinta-feira, Chávez afirmou ao presidente boliviano, Evo Morales, que se o "derrubassem" ou o "matassem", estariam "dando carta branca para apoiar qualquer movimento armado na Bolívia".

"Ao senhor presidente da Venezuela, o senhor Hugo Chávez, e à comunidade internacional dizemos que as Forças Armadas rejeitam enfaticamente intromissões externas de qualquer índole", disse em comunicado o general.

O Alto Comando militar da Bolívia insistiu em sua rejeição "firme e contundente" a qualquer tipo de ingerência "externa em assuntos que são de exclusiva competência nacional".

Em seu comunicado, as Forças Armadas afirmam que defenderão e conservarão a independência e unidade da Bolívia, ao garantir o "império da Constituição Política do Estado".

Também destacaram seu compromisso de "continuar trabalhando no desenvolvimento integral do país".

O Alto Comando militar da Bolívia divulgou esta mensagem em um momento crítico na Bolívia, atingida esta semana por uma onda de violentos protestos contra o Governo de Evo Morales em várias regiões do país que, na quinta-feira, deixaram pelo menos oito mortos em um choque armado entre civis na região de Pando (norte).


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Forças Armadas da Bolívia rejeitam palpites de Hugo Chávez