A gente sempre brinca que sábado e domingo não são suficientes para descansar de verdade durante o fim de semana. Parece que, num piscar de olhos, pulamos da balada da sexta-feira para o sofá do fim de domingo, acompanhando a música do “Fantástico” com um certo peso na alma. Viajar? Nem pensar, não dá tempo. Ir ao banco fechar aquela conta centenária? Sem chance, nenhuma agência funciona. Será que pedir esse diazinho extra é folga demais? Não, né, venhamos e convenhamos.
Se liga em alguns motivos para você dar esse papo no chefe ainda hoje:
1 – Pequenas “férias” fazem bem para a alma e coração
Funcionários felizes precisam de um descanso além das tradicionais férias anuais, que demoram um bocado para chegar. Em vez de contar com apenas 30 dias para fazer uma viagem legal ou repousar em casa, a ideia é ter “pequenas férias” distribuídas entre os meses.
Não estamos falando de tantos dias assim; uma sexta-feira livre, com o acréscimo de sábado e domingo, já são suficientes para recarregar as baterias e voltar com mais disposição para o serviço. Essa foi a conclusão de um estudo publicado no Stress and Health, em 2011, mostrando a evolução do bem-estar de funcionários que podiam contar com folgas de 4 ou 5 dias.
E não adianta folgar e continuar pensando em trabalho, viu? Os pesquisadores também descobriram que o desempenho do pessoal tende a melhorar quando rola o desapego do emprego, ou seja, só quando os funcionários desligam aquela “chavinha”, de verdade, e aproveitam o descanso ao máximo, sem levar trabalho para casa. Por isso, cuide da sua saúde e desative as notificações do e-mail de trabalho no feriado prolongado, por favor!
2 – Trabalhar por longas horas é perigoso, sim!
Quantas horas você está acostumado a trabalhar por semana? Se a soma superou a casa das 55 horas, é o momento de pisar no freio e reavaliar a relação com o trabalho, que está bem longe de ser saudável. De acordo com um estudo publicado no jornal Lancet, em agosto, o funcionário que passa 55 horas ou mais trabalhando, por semana, tem um risco 33% maior de sofrer um derrame. As chances de desenvolver alguma doença cardíaca também crescem 13%, em comparação àqueles que trabalham na faixa de 40 horas por semana.
“Antes, nós sabíamos que trabalhar muito, por longas horas, tinha relação com doenças como diabetes, mas só entre pessoas de baixa renda. O derrame, por sua vez, é uma doença que está presente em todos os grupos sociais”, explicou Mika Kivimaki, um dos autores do estudo e professor de epidemiologia na UCL (University College of London), em entrevista ao Huffington Post.
3 – Quatro dias de aula para a garotada
Vamos lá, essa regrinha de lógica nem é tão complicada assim: crianças saudáveis e felizes se transformam em adultos produtivos e dispostos, na medida certa. Crianças que estudam 4 dias por semana têm um desempenho superior em matemática em comparação às que frequentam a escola de segunda à sexta-feira, de acordo com um estudo conduzido pelas universidades de Georgia e Montana, nos Estados Unidos.
Com um dia extra para descansar, os alunos faltam menos à escola e professores têm mais tempo para preparar novas aulas, com técnicas e métodos de ensino diversos, sem cair naquela mesmice que mata qualquer criança de tédio. Viu? Três dias no fim de semana conseguem fazer qualquer pessoa feliz, de crianças a adultos, sem exceção. Converse com seu chefe e mostre esses argumentos maravilhosos, aqui. É infalível! ;)