Dossiê Flordelis: ascensão é o título do primeiro volume da obra literária que narra a história da ex-deputada Flordelis dos Santos Souza, acusada como mandante do assassinato de seu próprio marido, o pastor Anderson Carmo de Souza, em 2019.
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O romance é assinado por Fernanda Piacentini, jornalista investigativa que acompanhou o caso de perto e obteve informações inéditas, que serão reveladas na obra. O romance, atualmente em processo de editoração e com lançamento previsto para dezembro pela OIA editora, será publicado em dois volumes e está em pré-venda por financiamento coletivo, tendo conquistado em pouco tempo um grande número de apoiadores. O segundo volume, que dá continuidade à história a partir do julgamento da pastora, deve ser lançado em 2023.
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João, 8:32).
Desde a morte do pastor Anderson Carmo, muito se falou sobre o caso e seus desdobramentos, especialmente quando Flordelis, esposa da vítima, passou a ser investigada como principal suspeita do crime. O que não se sabe ainda é que existe muita poeira escondida debaixo do tapete dessa história, que Piacentini faz questão de sacudir em seu romance de estreia. Isso porque, ao acompanhar as investigações da polícia, a autora teve acesso a fatos inéditos e estarrecedores sobre a vida da pastora – como o relato de que Flordelis, conhecida como a mãe de cinquenta, teria arremessado uma panela de pressão na cabeça de um dos filhos. Creia: a autora irá trazer à tona detalhes escabrosos dessa história inacreditavelmente real.
Contudo, seria, a pastora Flordelis, realmente culpada? Embora ocupe o papel de grande vilã, ela poderia ser também vítima. Essa é só uma das muitas interpretações que se pode fazer dessa história repleta de contradições. Uma vez que a carreira religiosa, musical e política da ex-parlamentar teria sido forjada pelo pastor Anderson Carmo, o marido assassinado, que, antes de qualquer coisa, foi um dos 50 filhos adotivos de Flordelis. Afinal, o que de fato acontecia naquela casa quando Anderson ainda vivia lá? Rituais de sexo, sangue e nudez são apenas parte dos relatos coletados na apuração do caso, por Fernanda Piacentini.
Fernanda Piacentini é mestra em comunicação pela Universidade Estadual de Londrina-PR. O seu trabalho é voltado ao jornalismo e à comunicação audiovisual. Jornalista/
O material produzido por Fernanda serviu de base para todos os tipos de pesquisas possíveis e passou a ser o mais completo em se tratando de relevância. As investigações paralelas feitas pela jornalista por vezes foram anexadas aos autos do processo. Na impossibilidade de transmissão dos depoimentos e julgamentos, a jornalista narrou de modo singular cada depoimento, palavra por palavra, para que o seu público pudesse tomar conhecimento, o que virou uma novela, na internet.
Piacentini foi responsável, entre tantas coisas, por repassar denúncias que vinham a ela, a respeito do sistema prisional e vantagens que a filha de Flordelis estava tendo, isso culminou em castigo para a ré. Também revelou a farsa da versão de Flordelis, de que a filha era a mandante e teria assumido, por meio de um áudio recebido por uma de suas fontes, e também que a neta de Flordelis havia realmente estado no dia 18 de junho de 2019 na praia de Piratininga, data que as investigações alegam que ela teria se livrado do celular do pastor jogando-o ao mar, por meio de um vídeo descoberto.
A publicação do livro será realizada pela OIA editora, recém-chegada ao mercado editorial, cujo enfoque é a literatura brasileira contemporânea. Apesar de ter apenas um ano de existência, a editora, por meio de autogestão, já publicou 13 livros, entre antologias, coletâneas, romances, contos, crônicas e poesia.
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