Com 55,57%, Fernando Haddad (PT) venceu o candidato José Serra (PSDB) no segundo turno das eleições à prefeitura da cidade de São Paulo, que aconteceu neste domingo (28). No discurso logo após a divulgação do resultado da eleição, Haddad afirmou que “foi eleito pelo sentimento de mudança que domina a alma do povo de São Paulo”.
Na fala, que teve 5 dos 15 minutos dedicados aos agradecimentos (de louvor ao ex-presidente Lula até agradecimentos ao ex-candidato Chalita), Haddad disse que seu principal objetivo será diminuir a desigualdade existente na cidade de São Paulo. “Vamos derrubar o muro da vergonha que separa ricos e pobres”, disse. A celebração da vitória de Haddad tomou conta de parte da avenida Paulista no início da noite.
VIRADA
Fernanda Haddad começou a corrida eleitoral enfraquecido por uma foto do ex-presidente Lula apertando a mão de Paulo Maluf (PP) – o PT buscava a aliança para ampliar seu tempo na televisão. Atrás de Celso Russomanno (PRB), que sagrou-se o “coelho” das eleições (saiu disparado em primeiro lugar, mas ficou em terceiro lugar no 1º turno), e José Serra nas pesquisas do primeiro turno, Haddad se valeu da imagem de Lula, Dilma e Marta Suplicy para crescer.
Entre as promessas de Haddad talvez a mais sedutora tenha sido o advento de um Bilhete Único Mensal (no valor de R$ 140), com um número ilimitado de viagens por mês nas linhas de transporte público (a exemplo da Carte Orange, de Paris).
Nascido em São Paulo, Haddad tem 49 anos, é formado em Direito pela USP, universidade pela qual se formou mestre em Economia e doutor em Filosofia. Foi ministro da Educação entre 2005 e 2012 – deixou o cargo para disputar a prefeitura de São Paulo.
ABSTENÇÃO PREOCUPANTE
Em entrevista de balanço das eleições municipais, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse que o percentual de 19% de abstenção no segundo turno em São Paulo é preocupante. “Toda abstenção não é boa porque significa que a representatividade pode ser questionada”, afirmou Cármen Lúcia.