Conselheiro amoroso do SBT, o jornalista Felipeh Campos participa do júri do programa Quem Convence Ganha Mais, apresentado por Suzy Camacho. Com o papel de fazer perguntas incisivas, Felipeh provoca polêmica em suas aparições.
Mas isso não é novidade. Ainda neste ano, quando era figurinha carimbada no Superpop (RedeTV!), ele quase “tirou” o cantor Agnaldo Timóteo do “armário” e até entrou em discussões homéricas com o deputado federal Jair Bolsonaro.
Em depoimento ao Virgula LifeStyle o jornalista fala sobre beijo gay em novelas, homofobia na televisão e presença da comunidade LGBT em reality shows. Ele até diz que, caso Thammy Gretchen fosse escalada para o elenco de A Fazenda 4 (Rede Record), poderia “pegar” Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, que recentemente declarou que pode se “tornar” lésbica.
Confira:
JAIR BOLSONARO
(Deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) vai à mídia e ganha popularidade ao fazer declarações contra comunidade LGBT e o kit contra homofobia. Entre elas: “prefiro um filho morto que veado”, “Após união gay, vão querer legalizar a pedofilia” e “vizinho gay desvaloriza imóvel”.)
“Ele é um xerox démodé do Afanázio Jazadi, que nos anos 80 e 90 utilizava do mesmo discurso. Só que ninguém mais ouviu falar do Afanazio, não marcou. Esse tipo de afirmação está tão ultrapassado quanto o estereótipo homossexual dos anos 70”.
BEIJO EM NOVELA. SÓ LÉSBICO PODE?
(Em maio, é exibido o primeiro beijo lésbico da televisão brasileira na novela “Amor e Revolução” (SBT), entre as atrizes Luciana Vendramini e Giselle Tigre. Em contra-partida, o beijo gay masculino é censurado na emissora e segue censurado na Globo e Record.)
“É fácil identificar o motivo. A fantasia sexual masculina é ver duas mulheres se acariciando, beijando e até transando. Em sua maioria as emissoras são de propriedade e dirigidas por homens héteros, e claro que eles adoram ver duas mulheres se pegando, e se possível na sala deles”.
TUDO É HOMOFOBIA?
(Neste ano, uma ONG processou Marcos Mion por achar que ele pegou pesado nas brincadeiras com Nany People em seu programa na Record. Nany não se sentiu discriminada e soltou: “Daqui a pouco vão ter que rezar Ave Maria para fazer humor”, defendeu.)
“Só cai no ridículo quem quer, pois é só assistir e analisar o perfil do programa para saber o que pode vir. Nany People é uma das artistas mais qualificadas na TV e não precisa se expor dessa forma. Sua imagem fala por si. Infelizmente alguns programas não utilizam da inteligência , talento ou até mesmo do poder que o gay exerce em uma sociedade”.
(Luisa Marilac não deveria ser desperdiçada em um reality show. É mais negócio vê-la na internet e programas de televisão)
REALITY SHOW. MUITO OU NADA
(Em 2011, o Big Brother Brasil trouxe a comunidade colorida em peso, uma bissexual, dois gays e uma transexual. Na Fazenda, todavia, falou-se sobre um corte de participantes da comunidade LGBT, como Thammy Gretchen e Luisa Marilac).
“A Globo é contraditória. Não quer beijo gay, mas coloca todas as orientações sexuais e de gênero para a família assistir em um reality show. Já na Fazenda…acho que a imagem da Luisa é tão especial que não deveria ser desgastada em reality. É muito mais negócio vê-la na internet e programas de TV. No caso da Thammy, seria uma ótima oportunidade para ela pegar a Surfistinha, ou até mesmo a Monique Evans”.
BELEZA TRANS
(Depois de 20 anos, desde que Roberta Close tirou a roupa para uma revista masculina, a também mulher transexual Ariadna é capa de uma edição especial da Playboy).
“Existe público para todos os gostos, e isso deve ser respeitado. Mas acreditem, muitos leitores gostariam de ver a Ariadna com uma ‘virgula’ a mais, até porque mulheres (biológicas) eles já têm em casa”.
