(EFE) – A falta de um acordo detalhado com os palestinos poderia levar à violência, disse hoje a ministra de Assuntos Exteriores israelense, Tzipi Livni, em uma conferência na Associação de Imprensa Estrangeira em Jerusalém. Ela apostou em se concentrar no conteúdo do acordo, em vez de buscar que seja alcançado dentro prazo determinado em Annapolis, ou seja, antes do fim deste ano.
Livni apontou o movimento islâmico Hamas, que governa na Faixa de Gaza, como o principal obstáculo nos esforços dos palestinos para constituir seu próprio Estado. Ela também se referiu ao direito de retorno a território israelense de mais de 4 milhões de refugiados palestinos, o que Israel se nega a conceder. As autoridades israelenses alegam que isso poderia representar uma mudança demográfica em seu Estado, desfigurando seu caráter judaico.
Livni é candidata à sucessão ao cargo de primeiro ministro em Israel, atualmente ocupado por Ehud Olmert. Ela é a favorita nas primárias do partido Kadima e se mostra favorável à formação de um governo de união nacional. Se ela for vitoriosa nas primárias, não haverá necessidade de convocar eleições legislativas. Caso contrário, seria obrigada a convocar eleições nas quais o Kadima ficaria atrás do direitista Likud, liderado por Benjamin Netanyahu.
Olmert anunciou a convocação das primárias em seu partido e afirmou que não apresentará candidatura após o envolvimento em vários escândalos de corrupção, pelos quais ainda não foi processado, mas está sendo investigado.