Um estudo da Universidade do Porto (Portugal) concluiu que a proteção exagerada dos pais pode provocar maior ansiedade nos filhos e incentivar a obesidade. Isso acontece pois há crianças que tentam diminuir o estresse por meio da alimentação excessiva.

A investigação, cujos resultados preliminares foram publicados nesta segunda-feira (23), pela Faculdade de Medicina desta universidade, ressalta que estes riscos são maiores entre as meninas, porque elas têm uma maior tendência a canalizar o estresse em transtornos alimentícios.

A atitude superprotetora gera medo e insegurança nas crianças, e conseqüentemente aumenta o cortisol, o hormônio do estresse. Desta forma, cada indivíduo procura uma estratégia diferente para combatê-lo.

“Os dados sugerem que quando existe essa vinculação entre estresse e insegurança, os meninos costumam exteriorizar o comportamento, tornando-se mais agressivos, enquanto as meninas interiorizam as emoções, comendo”, explicou em comunicado a principal autora do estudo, Inés Pinto.

A pesquisa advertiu que este comportamento entre as meninas pode derivar em doenças como a bulimia e devem ser combatidos com tratamentos psicológicos para corrigir hábitos e atitudes e ensiná-las a lidar com as emoções.

Desta forma, a pesquisa recomenda novos métodos para combater a obesidade infantil, que levem em conta também a saúde mental, sobretudo quando se observa uma personalidade introvertida aliada ao excesso de peso. 




int(1)

Excesso de proteção dos pais pode provocar obesidade de filhos, diz estudo

Sair da versão mobile