Homens podem tolerar mais a dor que as mulheres devido aos estereótipos associados ao gênero masculino, segundo conclusões de um estudo divulgado nesta quarta-feira pela Universidade Metropolitana de Leeds (norte da Inglaterra).

O gênero e a cultura desempenham uma parte importante na forma como se lida com os incômodos e a dor, afirmou o cientista Osama Tashani, que liderou o relatório que conclui que os estereótipos de gênero levam aos homens a ser mais impassíveis enquanto as mulheres mostram mais sensibilidade.

Para fazer a pesquisa, publicada no European Journal of Pain, Tashani recrutou 200 voluntários britânicos e líbios.

Após uma pesquisa que durou dois anos, concluiu-se que os homens têm o limiar de dor mais elevado e se queixam menos de sua intensidade que as mulheres embora, segundo Tashani, “alguns grupos étnicos são mais impassíveis e outros parecem mais livres na hora de expressar a dor”.

“Há uma quantidade cada vez maior de evidências de que a etnia influi na resposta à dor sentida”, concluiu o cientista.

Foram feitos dois tipos de experiências com todos os voluntários: uma prova de pressão, na qual se espetava a mão com um objeto pontiagudo, e outra em que se interrompia o fluxo sanguíneo no braço não dominante (esquerdo, para os destros, direito, para os canhotos).

Em ambas as provas os resultados refletiram que os homens têm o limiar de dor mais alto e resistem mais do que as mulheres, enquanto o limiar dos líbios – tanto mulheres quanto homens – era mais alto que o dos britânicos.

Tashani disse que os cientistas não notaram diferenças quanto ao nível de dor, mas as provas mostraram que o julgamento dos líbios sobre os papéis masculino e feminino era mais conservador que o dos britânicos. 


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Estereótipos ajudam homens a suportar mais a dor, diz estudo

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