Uma menina de oito anos vem mudando o jeito com que as pessoas enxergam o autismo por meio da escrita. Cadence é de Queensland, na Austrália, e tem Transtorno do Espectro Autista.
Ela escreve sobre sua vida e suas dificuldades no blog I Am Cadence e tenta mostrar para todos que ter autismo não a faz especial, mas apenas diferente e questiona o modo das pessoas verem o autismo como um rótulo.
Recentemente, ela emocionou os seus leitores com uma carta escrita para as fadas, perguntando se havia alguma fada autista e se ela poderia visitá-la. “Queridas fadas, eu quero muito saber se há uma fada autista. Como é o trabalho dela no mundo das fadas? Ela pode me visitar? Eu também sou autista”, escreveu a jovem
“Eu serei gentil e prometo que não sou aquele tipo de garota que vai colocá-la num pote. Ela pode trazer uma amiga se estiver um pouco assustada. Tudo bem se ela não falar também. Podemos brincar juntas”, continua Cadence. A carta ainda tem um último recadinho: “P.S: Algumas pessoas dizem que fadas não existem, mas eu sei que vocês existem!”.
A carta completa foi compartilhada pela mãe de Cadence, Angela, que também compartilhou uma resposta da Rainha das Fadas. “No mundo das fadas, onde seu mundo termina e a nossa mágica começa, diferenças físicas e cerebrais não são coisas que pensamos muito, afinal, elas são apenas uma parte única de cada fada, coisas que fazem parte do jeito delas de ser e agir”, diz a carta de resposta.
“Então, não, não há uma fada especial autista. Mas compaixão, bondade, trabalho em grupo, coragem e esperança – coisas que não podem ser tocadas ou vistas, mas que podemos escolher aprender, acreditar e dar aos outros – isso sim é realmente especial”, afirma ainda a carta da rainha das fadas.
A mãe de Cadence espera que compartilhando essa história consiga impactar as pessoas de uma maneira significativa. “O blog I Am Cadence é construído no conceito de que toda criança é única e tem sua própria história”, diz a página do site no Facebook.
Certa vez, Cadence escreveu sobre o motivo das pessoas verem o autismo como um rótulo. “Não acho que isso é certo. Meu rótulo é Cadence. Um dos meus ingredientes é o autismo”, afirma a menina.