As razões pelas quais nunca devemos culpar a vítima por conta de um caso de assédio, estupro ou qualquer outro tipo de violência sexual e moral parecem ser muito óbvias, mas ainda assim tem gente com um raciocínio meio, digamos, devagar que não consegue entender.
Se você é um desses, senta aí e acompanha esse post com atenção.
No mês passado, rolou um dos casos mais chocantes de impunidade nos Estados Unidos após o estuprador acabar pegando apenas seis meses de prisão.
Brock Turner, de 20 anos, violentou uma outra estudante em uma festa, mesmo com ela estando praticamente desacordada. O pai dele disse que o filho queria apenas “20 minutos de ação”, que acabaram custando a sanidade mental da vítima, que leu uma carta emocionante durante o julgamento.
Alice Brine, uma humorista da Nova Zelândia, foi ao Facebook comentar o caso e encontrou a maneira perfeita de fazer todo mundo entender porque nós NUNCA, em hipótese alguma, devemos culpar a vítima.
“Eu vou começar a ir pra casa com caras muito bêbados que não conheço e roubar todas as suas coisas. Tudo que eles têm. Mas a culpa não será minha… eles estavam bêbados. Eles deveriam saber. Eu fugirei com as coisas em 90% das vezes, mas quando um homem corajoso resolver me levar ao tribunal, direi que não tinha certeza o que ele quis dizer quando falou ‘não roube o meu Audi’. Não tinha certeza se ele estava falando sério. Eu disse ‘posso, por favor, roubar o seu relógio Gucci?’ e ele disse ‘não’, mas eu não tinha certeza se era sério. Ele estava bêbado. Ele foi o culpado. Vocês deveriam ver como ele estava vestido na balada, com camisetas e sapatos caros. Que tipo de mensagem ele está passando com isso? Achei que ele quisesse que eu fosse até lá e roubasse todas as suas coisas. Ele estava pedindo por isso. Quando ele disse ‘não’ enquanto eu pegava todas as suas merdas eu não tinha certeza se ele falava sério. ‘Não’ não é objetivo o bastante, pode querer dizer qualquer coisa”.
E aí, deu pra entender agora?