Especialista fala sobre impacto da relação mãe e filha na formação das mulheres (Foto: Freepik)

A relação mãe e filha é uma das conexões mais profundas e influentes que uma mulher pode ter ao longo da vida. Essa ligação não apenas molda a maneira como a filha vê a si mesma, mas também impacta em sua relação com o mundo e em sua formação como mulher.

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De acordo com a escritora e terapeuta Lari Pedrosa,  autora do livro Uma Nova Mulher – Curando a Conexão Mãe e Filha, compreender essa dinâmica é essencial para a construção de uma identidade saudável. “A forma como a mãe se comunica, expressa afeto e estabelece limites influencia diretamente na autoestima da filha. Percebe-se que os padrões emocionais são transmitidos de geração para geração e compreender esse processo é o primeiro passo para uma relação mais equilibrada”, explica.

Uma boa relação com a mãe fornece um modelo de confiança, acolhimento e força. A mãe, sendo a primeira figura de apego, ensina lições essenciais sobre cuidado, amor e identidade. Quando essa relação é saudável, a filha tende a desenvolver autoestima, autoconfiança e um senso de pertencimento mais sólidos. Ela se sente valorizada e aprende a valorizar a si mesma.

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Por outro lado, conflitos ou desconexões nessa relação podem trazer desafios emocionais significativos. Muitas vezes, esses desafios se manifestam como inseguranças, dificuldades em estabelecer limites ou até problemas na vida adulta, como padrões repetitivos de relacionamentos ou sentimentos de inadequação. “Feridas emocionais deixadas por uma relação conturbada com a mãe podem se refletir em todas as áreas da vida da mulher. Ela pode desenvolver dificuldades para confiar nas pessoas, medo de rejeição e até bloqueios em sua carreira profissional”, destaca Pedrosa.

Reconhecer e curar possíveis feridas nessa relação é um caminho poderoso para o autoconhecimento. Mais do que isso, é uma oportunidade de libertar-se de dinâmicas que podem estar impedindo o florescimento pleno como mulher. Esse processo não precisa envolver culpa ou julgamento, mas sim compaixão, entendimento e, em muitos casos, a busca por um diálogo transformador. “É importante olhar para essa relação com amor, mas também com consciência. Se houver dores não resolvidas, buscar ajuda terapêutica pode ser um passo fundamental para ressignificar essa conexão”, aconselha a terapeuta.

A relação com a mãe também pode ensinar sobre a importância de ser vulnerável e forte ao mesmo tempo. A mãe é, para muitas, a primeira referência do que significa ser mulher, e, por isso, uma boa conexão com ela ajuda a filha a se sentir enraizada em sua feminilidade, sem medo de expressar suas emoções, desejos e ambições. “Quando há uma relação de confiança e apoio, a filha cresce sabendo que pode ser quem realmente é, sem medo de julgamentos. Isso fortalece sua capacidade de se posicionar no mundo”, conclui Lari.

Independentemente da história vivida entre mãe e filha, sempre há espaço para o crescimento e a transformação dessa relação. Com consciência e disposição para o diálogo, é possível construir laços mais saudáveis e enriquecedores para ambas.


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Especialista fala sobre impacto da relação mãe e filha na formação das mulheres

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