O pensador Malcom Ferdinand, em seu livro “Uma ecologia decolonial”, elabora uma profunda crítica a partir do mundo caribenho, relacionando questões ambientais com movimentos pós-coloniais, antirracistas e feministas. Elabora assim uma ecologia na qual os fenômenos climáticos jamais prescindem da luta pela igualdade de gêneros, da justiça social e da emancipação política.
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A partir desse pensamento, em Descolonizando a ecologia, o Instituto Tomie Ohtake reúne, além do celebrado autor martinicano, Cristine Takuá, Jaime Lauriano e Marcelo Rocha para refletir sobre aspectos que constituem uma ecologia decolonial, a fim de mobilizar outras perspectivas, articulando crenças e práticas dos povos originários, os desdobramentos da diáspora africana, vivências, saberes e conflitos das periferias brasileiras, além das relações violentas perpetuadas por instituições de poder e controle do Estado.
O programa de investigação transdisciplinar – cuja primeira mesa, A coexistência da vida, contou com a participação Ailton Krenak, Emanuele Coccia e de Hanna Limulja – promovido pelo Instituto Tomie Ohtake e Embaixada da França no Brasil / Consulado Geral da França em São Paulo, convida artistas, ambientalistas, cientistas, ativistas, antropólogos e filósofos franceses e brasileiros de destaque para debater o estatuto atual das relações entre cultura e natureza – um mesmo conceito separado em duas partes, segundo Latour – a partir de um mergulho em imagens. O programa tem curadoria de Priscyla Gomes e de Carol Tonetti e organização de Brieuc Tanguy-Guermeur e de Vincent Zonca.
Serviço
Mesa: Descolonizando a ecologia
Participação: Malcom Ferdinand, Cristine Takuá e Marcelo Rocha
Mediação: Jaime Lauriano
Data: 22 de novembro de 2022
Horário: 19h
Duração: 1h30
Tradução: tradução simultânea português-francês / francês-português
Local: Instituto Tomie Ohtake