(EFE) – O embaixador dos Estados Unidos em La Paz, Philip Goldberg, se despediu hoje da Bolívia após ser declarado "persona non grata" pelo presidente boliviano, Evo Morales, com a advertência de que sua expulsão pode ter "sérios efeitos".

Em sua última declaração à imprensa boliviana, Goldberg disse que a decisão de Morales era "um grave erro" e afirmou que as acusações de conspiração lançadas pelo presidente boliviano contra os Estados Unidos e contra si são "infâmias completamente falsas e injustificadas".

O até agora máximo representante dos EUA na Bolívia expressou sua "gratidão ao povo boliviano por sua acolhida e suas constantes mostras de amizade" e disse que, "apesar da atitude do Governo boliviano, a amizade entre os povos vai continuar invariável".

O embaixador se referiu também à luta contra o tráfico de drogas, que foi uma das prioridades de seu Governo na Bolívia.

Para o diplomata, o narcotráfico é "uma praga que pode destruir uma sociedade" e "um problema que tem que ser enfrentado com determinação antes que se expanda ainda mais em nossas sociedades".

Goldberg lamentou que, apesar dos "esforços" de seu país, as relações bilaterais com o Governo boliviano não tenham melhorado e expressou seus "melhores desejos" para que os povos dos EUA e da Bolívia "mantenham sentimentos de amizade e respeito", disse.

As relações entre Washington e La Paz alcançaram uma fase crítica depois que o presidente Morales declarou Goldberg "persona non grata", ao que os Estados Unidos responderam fazendo o mesmo com o embaixador boliviano, Gustavo Guzmán.

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Embaixador dos EUA expulso da Bolívia fala de conseqüências

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