Eles são barbudos, gordinhos e peludos. Quem frequenta a cena gay sabe do que estamos falando: dos “ursos”. O termo surgiu nos Estados Unidos e a comunidade cresce no Brasil cada vez mais, mudando o estereótipo gay de beleza dos malhados e depilados.

Conversamos com alguns “ursos” que contaram tudinho sobre os melhores rolês dessa tribo e como eles realmente gostam de se vestir. Aproveita essa matéria pra entrar no clima da 19ª Parada Gay São Paulo que rola neste domingo (07).

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William Atum

“O termo “urso” surgiu nos Estados Unidos para cultuar a masculinidade na cena gay. Barbas, pelos, e corpos robustos são bem vindos. É uma subcultura com seus próprios códigos”, afirma William.

“Eu pessoalmente gosto muito de ir na festa Ursound porque tem duas pistas com diferentes estilos de música, uma mais pop e a outra mais eletrônica que foge do esteriótipo da maioria dos cleubes gays”.

“Ser “urso” é mais do que usar barba e camisa xadrez. Uma vez ouvi essa frase e costumo repeti-la: “to be a bear is a state of mind”. Eu gosto de vestir sempre jeans, t shirt e tênis”, conclui.

William

William Atum/ Crédito: Andres Costa

Alexandre Bispo

“Eu descobri a expressão Bear(Urso) através de uma revista chamada Honcho nos anos 90, era uma edição dedicada a este determinado grupo de pessoas. Descobri que a palavra surgiu em São Francisco. Logo em seguida meu amigo Luiz Careca viajou para São Francisco para filmar com a Penélope Cruz e foi a bares de Ursos, voltou cheio de ideias e me contou tudo.

“Aí por acaso, fui ao Grind na Loca, e conheci um pessoal que organizava encontros aqui em SP e eles me convidaram para participar de um canal de comunicação entre eles no antigo MIRC, lá eles trocavam informações, fotos, músicas e marcavam encontros entre eles.”

“Eu gosto muito da festa em que eu trabalho Ursound, acho uma festa democrática porque tocam diversos estilos de músicas e agradam a todos. Eu gosto muito da festa A Tenda porque reúne um mix de pessoas bem eclético e todo mundo está sempre muito animado, combinação perfeita de música e pessoas. Gosto muito da Soulset porque eles escolhem sempre um lugar inusitado para fazer a festa e toca house music da melhor qualidade.

“Para escutar música brasileira eu costumo ouvir a boa e animada discotecagem do Rodrigo Bento no Pilantragi. Eu gosto de diversos estilos de música, mas em casa escuto muito de indie rock, rockabilly, garagem punk 60’s, jazz, lado b da MPB, blues e música étnica.

“Meu estilo é casual com alguns toques rocker. Gosto de usar looks clássicos. Sempre adorei roupas pretas, e tenho uma turma de amigos que só se vestem de preto, nos definimos internamente como perigóticas”, brinca Alexandre.

Alexandre Bispo

Alexandre Bispo/ Crédito: Paulo Watanabe

 

 

 

 


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Eles são gordinhos e peludos: conheça mais sobre o rolê dos "ursos" na cena gay