(Por Gabriela Rassy e Sarah Corrêa) – O segundo debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo começou com a discussão sobre o meio ambiente. Com o gancho da falta de chuva na cidade os políticos foram questionados sobre qual será atitude de cada gestão a respeito do tema.

Todos concordam que esse é um dos temas mais relevantes para São Paulo. Kassab afirmou ter se preocupado muito com o meio ambiente em sua gestão. “Fiz nesses 4 anos o que não foi feito nos últimos 60”. Ele relembrou o plantio de 600 mil árvores e falou sobre a vontade de fazer mais.

O candidato Paulo Maluf falou sobre sua gestão na cidade. “Eu criei a Secretária do Verde e do Meio Ambiente, plantamos árvores, fizemos parques. Na minha época de prefeito os carros andavam mais rápido”. Para melhorar o transito atual da cidade, Maluf ressaltou a sua proposta de obra. “Vamos construir a laje no rio Tietê, assim teremos várias faixas e o transito vai fluir melhor”, disse o ex-prefeito.

Marta Suplicy iniciou sua resposta com a frase “Temos que pensar nos idosos e nas crianças”. Ela argumentou sobre a necessidade de coleta seletiva e de melhorar o transporte coletivo. “Iremos aumentar em 4 vezes o plantio de arvores. A atual gestão não fez nem metade do que falou”.

O candidato do PMN, Renato Reichmann, dividiu sua resposta em três vetores: poluição, incompetência e recursos. Ele fez uma associação de idéias para chegar ao ponto final. “A poluição faz com que as pessoas tenham problemas de saúde, o que reduz a qualidade de vida e aumenta os gastos do governo com hospitais. Resolvendo um problema, os outros se resolvem. Menos poluição, menos doença, gastamos menos, então o orçamento se redireciona”.

Ciro Gomes focou sua resposta na falta de saneamento para as pessoas da periferia. Alckimin ressaltou que a poluição é a quarta causa de morte hoje na cidade. Ele planeja investir no transporte coletivo, no verde e em diminuir a poluição do monóxido de carbono. Soninha Francine planeja organizar o trânsito. “Investir em ciclovias, que sai muito barato e é muito mais fácil de implantar”.

Troca de farpas

Além dos assuntos discutidos como emprego, trânsito e meio-ambiente, alguns candidatos não exitaram em criticar os adversários. O tucano Alckimn não perdeu tempo ao criticar a atual gestão Kassab reclamando que a São Paulo "está escura".

Kassab respondeu criticando o excesso de privatizações na gestão de Alckmin como governador do Estado, e desafiou Marta Suplicy a fazer uma pesquisa de opinião para ver quem tinha feito o melhor governo na prefeitura da cidade. Irônico, disse: "Tenho certeza de que uma coisa você vai ganhar: a que criou mais taxas". Em outro momento, questionou a palavra de Marta que garantiu que se for eleita, ficará os quatro anos à frente da prefeitura, descartando qualquer possibilidade de se eleger a outro cargo em 2010.

Tentando associar sua imagem à de Lula, Marta pediu aos paulistanos uma nova oportunidade com prefeita. "Aprendi com acertos e erros e acredito que tenho experiência e maturidade para ser uma prefeita melhor. Encontrei o Lula e ele me disse: quero que ganhe porque com a situação econômica atual vai dar para fazer muita coisa em São Paulo", declarou, numa nítida tentativa de associar sua candidatura à vontade do presidente.

Autor de comentários sempre polêmicos, quando questionado sobre a lista suja da AMB, Maluf comparou-a com torcedores de futebol. "A AMB faz muito mal quando entra na política. É como se um torcedor do Corinthians fosse juiz de um jogo do Palmeiras. É um atentado à democracia". Palavras de Maluf.

Apáticos, candidatos terminam debate pedindo votos

As considerações finais foram recheadas do "politicamente correto". Sem agressões mútuas, os candidatos tiveram, cada um, um minuto e meio para fazer a propaganda de seu possível governo. Soninha (PPS) levantou a bandeira da “falta de experiência pode ajudar’ – já que a vereadora encara sua primeira eleição à prefeitura da capital paulista e enfatizou a postura de quem está no poder: “Não é só o que posso fazer com a política, mas é como vou fazer.Tem que transformar a política. Não estou sozinha”.

Logo, quem falou foi Ivan Valente (PSOL). O candidato defendeu sua campanha, quebrando o gelo, dizendo que servirá ao povo e não "para construir ponte que serve de cenário para canal de tv". Alckmin insistiu em seu ar de bondade e generosidade, apenas dizendo que fará o melhor à São Paulo. Maluf, com a frase que já virou slogan de sua campanha, "um engenheiro está melhor preparado que uma psicóloga e um anestesista" deu seu tom final. Mas, detalhe: Kassab também é engenheiro.

Marta Suplicy pediu, encarecidamente, o voto de confiança para a população paulista e mandou um recado para o governador. "Quero ser novamente prefeita dessa cidade. Aprendi com os erros e com os acertos. Acredito que hoje posso fazer melhor. Governador Serra, quero ser sua parceira". E assim, o debate teve seu encerramento sem maiores farpas, os já conhecidos "cala a boca, Maluf", mas com muito "o PAS foi o melhor para a saúde", "o túnel da Rebouças serve, sim, à população" e "servirei ao povo".

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Eleições SP: meio ambiente e trânsito são principais temas