O primeiro contato das crianças com a leitura costuma acontecer em casa. Pais e familiares, junto às escolas, são os primeiros educadores responsáveis pelo desenvolvimento e interesse dos pequenos pelos livros. Nesta fase, é importante, portanto, aprender e praticar a literacia familiar, a promoção do desenvolvimento da linguagem e do interesse da criança pela leitura, feita pelos pais.
“A literacia familiar traz diversos benefícios ligados à alfabetização e ao letramento. Melhora a capacidade cognitiva dos pequenos, o desenvolvimento da oralidade, escrita, capacidade criativa e da interpretação de texto”, explica Pedro Gigante, co-fundador do SuperAutor, projeto pedagógico que transforma crianças em autores de livros infantis.
Segundo o especialista, o grande desafio é promover uma maior interação entre escola e família, para que a criança tenha uma educação continuada em casa e otimize ainda mais seu processo de aprendizado.
Pensando nisso, Gigante indica cinco atividades práticas que ajudam pais e familiares a praticar literacia familiar. Confira:
1- Explore músicas infantis: A maioria das músicas infantis são compostas por elementos parecidos. Muitas delas são repetições silábicas, que promovem o reconhecimento dos sons das letras. Isso pode ajudar no processo de conhecimento, aprendizado e captação. “A musicalidade ajuda na memorização de palavras e sons. Por isso, é muito importante que a música seja introduzida na rotina da criança desde os primeiros meses de vida. Assim, ela poderá se divertir, aprender, ter contato com arte e ainda aumentar sua capacidade linguística”, comenta o co-fundador do SuperAutor.
2- Use elementos do cotidiano para letrar: A literacia está por toda parte no ambiente familiar. Não é necessário fazer nada tão mirabolante para atrair a atenção da criança e conseguir promovê-la. “Basta estar atento e aproveitar as oportunidades à volta. Os pais podem, por exemplo, usar o momento das refeições para falar sobre o nome de cada alimento, fazer lista de compras de mercado com a criança, ler rótulos de embalagens ou encartes de supermercado, soletrar o nome de objetos pela casa, entre outros estímulos”, sugere Gigante.
3 – Estimule a criação de desenhos: Com os desenhos, as crianças desenvolvem o poder de criação e imaginação e adquirem conhecimento de palavras, objetos, cores, entre outros elementos. “O interesse em desenhar também pode ser o pontapé inicial para avançar processos de alfabetização, desenvolvendo a facilidade para criar e escrever histórias e imaginar a partir das figuras criadas”, explica o especialista.
4- Contação de histórias: Atividades de contação são muito eficientes na promoção do interesse pela leitura. Isso porque a criança tem o adulto como referência e, quando ela vê que ele se interessa pelos livros e está disposto a contar uma história, a leitura se torna um exemplo a ser seguido. “Separar 10 a 15 minutos do dia para ler para a criança torna isso uma rotina e dessa forma ela vai naturalizar o hábito da leitura em sua vida”, garante Gigante.
5- Escrever o próprio livro: Um caminho para incentivar o interesse pela leitura é transformar as crianças em autoras de suas próprias histórias, escrevendo seus próprios livrinhos. Aposte em plataformas digitais, como a do projeto SuperAutor, que permite que as crianças escrevam e ilustrem suas histórias e montem seus livros, podendo depois recebê-los impressos em casa para lerem quantas vezes quiserem. “Esse tipo de atividade, além de ajudar na alfabetização e no letramento, incentiva o protagonismo e fortalece a autoestima das crianças”, finaliza o co-fundador.
Sobre o SuperAutor: O SuperAutor é um projeto pedagógico que transforma crianças em autores de livros infantis. Com isso, ajuda educadores a desenvolverem a capacidade criativa dos alunos por meio da escrita, transformando sonhos em realidade! Além da modalidade desenvolvida nas escolas, o projeto oferece um formato em que as crianças podem construir seus livros em casa, com acompanhamento de familiares.
O projeto foi fundado em 2019 e iniciou a operação de forma massiva em 2020, ano de declínio da educação no país por conta da pandemia. Atualmente, conta com mais de 1.250 escolas cadastradas nas cinco regiões brasileiras, produziu mais de 50 mil livros e estima finalizar o ano com mais de 200 mil produções. Além disso, o projeto terá cerca de 80 mil alunos transformados em autores neste ano.
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