(ANSA) – O novo presidente do Pontifício Conselho pela Família, Ennio Antonelli, declarou não haver nenhuma possibilidade de mudança em relação à proibição da Igreja Católica de admitir a comunhão de pessoas divorciadas que se casam novamente.

"Não vejo brechas" em relação a esse assunto, disse Antonelli, poucos dias depois das críticas do papa Bento XVI aos padres que abençoam "uniões ilegítimas".

"A Igreja não erra quando vê o matrimônio como indissolúvel", disse Antonelli. "Trata-se de uma realidade que faz sofrer também a nós", mas nesses casais que se unem pela segunda vez "não há plena comunhão com a Igreja, já que a Eucaristia pede que se esteja na graça de Deus e os divorciados são objetivamente pecadores públicos, ainda que por si só sejam pessoas boas", acrescentou.

Para Antonelli, o Pontifício Conselho pela Família deve voltar suas atenções primeiramente para o "cuidado das famílias normais: devemos edificar autênticas famílias cristãs que sejam um fogo aceso, um sinal de beleza para todos".

A questão dos divorciados que se casam novamente será discutida durante o Congresso Mundial das Famílias, que acontecerá na Cidade do México entre os dias 16 e 18 de janeiro de 2009. Segundo previsões dos organizadores, o evento deve reunir entre 600 mil e 1 milhão de pessoas.

Dom Guglielmo Gutierrez, coordenador do congresso, disse que entre os objetivos do evento está "rebater os ataques aos quais a família é submetida em todo o mundo".

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Divorciados são pecadores públicos, diz Vaticano