Nesta quinta-feira (30), celebramos o Dia da Saudade, um sentimento que nos conecta ao passado e pode despertar emoções profundas. Mas será que toda saudade é saudável? Segundo Renata Fornari, especialista em autoconhecimento e autoamor, é importante distinguir entre dois tipos de saudade: aquela que vem de uma carência interna e aquela que é legítima e precisa ser acolhida.
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Existe a saudade que nasce de um estado de carência interna. Esse tipo de saudade ocorre quando sentimos falta de alguém porque, inconscientemente, projetamos nessa pessoa uma necessidade de preencher um vazio interno.
“É necessário ter cuidado para não justificar a carência interna como saudade. Muitas vezes, buscamos no outro algo que falta dentro de nós, e isso pode levar à dependência emocional. Esse ciclo acontece porque não estamos nutridos pelo autoamor, que é a única coisa capaz de preencher essas lacunas”, explica Renata.
Nesse caso, é essencial olhar para dentro e trabalhar o amor-próprio. Reconhecer e atender nossas próprias necessidades emocionais é o caminho para superar esse tipo de saudade e evitar a dependência de fatores externos para nos sentirmos completos.
Por outro lado, há a saudade que é legítima e natural. Sentir falta de uma pessoa querida que já partiu, de uma fase marcante da vida ou de alguém que se mudou para longe é um processo emocional válido e importante.
“Nesses casos, é fundamental nos permitirmos sentir as emoções. Reprimir a saudade só aumenta sua intensidade. Lágrimas foram feitas para escorrer, e a tristeza só se dissolve quando é vivida. Quando nos abrimos para sentir plenamente, criamos espaço para a cura e para novas experiências”, ressalta Renata.
A especialista reforça que permitir-se viver essa saudade legítima é um ato de autocuidado. Ela nos ajuda a honrar as memórias, processar a dor e seguir em frente com mais leveza.
Como acolher suas emoções no Dia da Saudade?
O Dia da Saudade é uma oportunidade para refletir sobre nossas emoções e diferenciá-las. Avaliar se a saudade que sentimos está ligada a uma carência interna ou se é uma emoção legítima é essencial para saber como lidar com ela.
“Se a saudade vem de uma carência, é preciso preencher esse vazio com autoamor. Já a saudade legítima deve ser acolhida, porque as emoções precisam ser sentidas. Somente assim podemos aliviar a dor e criar espaço para novas memórias e vivências”, conclui Renata.
Acolher a saudade, seja ela qual for, é um passo importante para nos reconectarmos com nossas emoções e cuidarmos de nós mesmos. Afinal, só conseguimos seguir em frente quando permitimos que as emoções fluam.
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