(EFE) – Cientistas americanos descobriram que uma substância cerebral que tem uma importante função na memória também parece estar envolvida na regulação do consumo de alimentos e na tendência à obesidade.

Em um relatório publicado hoje pela revista "New England Journal of Medicine", os cientistas do Instituto Nacional da Saúde Infantil e do Desenvolvimento Humano sugerem que a descoberta poderia ajudar a combater o aumento de peso.

Na pesquisa realizada com crianças e adultos com o transtorno genético chamado síndrome de WAGR, os cientistas descobriram que alguns deles careciam de um gene correspondente ao BDNF e que, em coincidência, mostravam muito apetite e uma constante tendência à obesidade.

"É possível que, em última instância, esta descoberta conduza ao desenvolvimento de novos medicamentos para controlar o apetite em pessoas que não tiveram sucesso com outros tratamentos", disse Duane Alexander, diretor do instituto.

A síndrome de WAGR é um transtorno que se manifesta com uma série de sintomas e doenças, incluindo tumores renais, ausência de íris ocular, anormalidades genitais e do trato urinário, e retardamento mental. Em seu estudo, os cientistas analisaram o cromossomo 11 de 33 pacientes com síndrome de WAGR, e 19 deles mostraram que careciam de toda ou grande parte da cópia do gene BDNF.

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Descoberta pista no cérebro sobre origens da obesidade

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