O Teatro Lira Paulistana marcou época na capital paulista entre 1979 e 1986. O espaço ficava localizado na Rua Teodoro Sampaio, no bairro de Pinheiros, e abrigava shows musicais que catapultaram o movimento conhecido como Vanguarda Paulista.

Artistas como Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Tetê Espíndola e Cida Moreira, além de grupos como o Língua de Trapo, Rumo e Premê (Premeditando o Breque), fizeram história no espaço singelo que tinha uma arquibancada para 200 pessoas – ou 300, dependendo da euforia do show em exibição.

Além de shows, o Lira abrigou apresentações de teatro, cinema, artes visuais e demais eventos culturais, tornando-se um pólo de resistência artística e cultural, e um dos símbolos dos anos 80.

Toda essa trajetória foi contada no documentário Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista, lançado em 2013, dirigido por Riba de Castro. Agora, Riba lança o livro Lira Paulistana – Um Delírio de Porão.

Credenciais não lhe faltam: Riba foi um dos sócios do Lira, e detém um vasto material iconográfico sobre o Teatro: cartazes, fotos, capas de discos, livros, jornais… Grande parte desse material está no livro, que reúne depoimentos de pessoas ligadas ao Lira.

E o que diferencia o livro do filme? O documentário foi montado com depoimentos de artistas que se apresentavam no Lira; já o livro busca o enfoque a partir dos bastidores, trazendo episódios sobre o desenvolvimento da casa e a administração do Teatro.

O lançamento de Lira Paulistana – Um Delírio de Porão acontece nesta quinta (11) às 19h na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, na Rua Henrique Schaumann, 777, em Pinheiros, São Paulo – local bastante próximo do espaço onde o Lira existiu. No lançamento, haverá exposição de parte do material iconográfico do livro, e no dia seguinte no mesmo local e horário será exibido o documentário Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista.


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Depois de virar documentário, lendário Teatro Lira Paulistana ganha registro em livro

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