O cantor Morrisey costuma falar o que pensa, doa a quem doer. Em entrevista ao site “Rookie”, o britânico revelou achar que se houvessem mais gays no mundo não haveria guerras.
“Eu acho que a guerra é o aspecto mais negativo da heterossexualidade masculina. Se mais homens fossem homossexuais, não haveria guerras, porque homens gays jamais matariam outros homens, enquanto que homens héteros amam matar outros. Eles ganham medalhas por isso. Mulheres não vão às guerras matar outras mulheres. Guerras e armas são essencialmente hobbies dos homens heterossexuais”, declarou o artista.
A declaração repercutiu e recebeu críticas de diversos veículos, entre eles, os britânicos “The Telegraph”, “IOL Lifestyle” e “Daily Mail”:
“A declaração de Morrissey é um lixo tão óbvio que nem vale a pena discutir com ele. A afirmação de que atração pelo mesmo sexo implica em pacifismo é tão louca quanto aqueles fanáticos que afirmam que a homossexualidade é um desvio moral, uma ‘ferida’ da sociedade”, escreveu o jornalista Graeme Archer, do jornal “The Telegraph”.
“Sua sugestão é, no entanto uma contradição, pois é fato que alguns dos maiores guerreiros da história podem ter sido homossexuais ou bissexuais. Júlio César, que se casou com três mulheres em sua vida, acredita-se que teve um caso com o rei Nicomedes de Bithyni, enquanto sobre Alexandre, o Grande, e Ricardo Coração de Leão também existem rumores de que tinham amantes gays”, disse Luke Blackall do site “IOL Lifestyle”.
“Suas observações mostram pouca consideração para a história. A listas de líderes militares do passado que acredita-se tenham sido gays, incluem Alexandre, o Grande, Júlio César, o Marechal Montgomery e Hermann Goering. Hoje, 45 países permitem que homossexuais sirvam abertamente nas forças armadas, incluindo os EUA, Canadá e França”, escreveu Simon Cable do “Daily Mail”.