Casseb acredita que, para reverter a situação, há duas soluções. A primeira mais viável, porém mais demorada -, seria manter o foro e buscar uma mudança de comportamento dos tribunais.
O STF, por exemplo, está amadurecendo a idéia. Ele já tem seis novos ministros, todos com uma mentalidade diferente, voltada para essa melhora. Não creio que a mudança de consciência seja algo impossível.
Outra opção, mais radical, seria acabar com o direito e deixar que todos tenham um julgamento comum. O resultado de um levantamento feito pelo Supremo é um bom argumento para justificar essa extinção: nos últimos dez anos, foram concluídos apenas 20 processos penais envolvendo políticos. Desses, 13 prescreveram e, nos outros, os réus foram absolvidos. Moral da história: não houve condenação alguma.