Daniel Romano Hajaj esclarece prisão do humorista Carlinhos Mendigo (Foto: Divulgação)

Carlos Alberto da Silva, conhecido como Carlinhos Mendigo debochou quando foi preso por não pagar pensão. Já em liberdade, o humorista acusou ex-mulher de não cumprir com o acordo de visitação. O advogado de Direito de Família, Daniel Romano Hajaj opinou sobre as atitudes do ex-integrante do “Pânico”.

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“Após o cumprimento da prisão pelo não pagamento da pensão, o humorista Carlinho Mendigo está presente em inúmeros podcasts e programas de rádio relatando sua experiência dentro da cadeia”, começa ele.

“Em todo o momento, ele tentou passar a imagem de vítima, de coitado. Que hoje vive pela fé e em muitos momentos, demonstrou menosprezo pelo fato de ter sido preso e levou a situação para o lado cômico. Afirmou, em dado momento, que recebeu sua maior benção, que é seu filho, e por causa dele, foi preso. Ledo engano”, completa.

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Daniel diz que a prisão de Carlinhos ocorreu por conta da sua irresponsabilidade financeira como pai, que mesmo diante de uma decisão judicial deixou de honrar com o pagamento da pensão destinada à subsistência do seu filho.

“Não bastasse, entende ele que a prisão pelo não pagamento da pensão é uma injustiça tremenda aos pais trabalhadores, que inadimplentes deixaram de exercer suas funções e garantir a subsistência de seus filhos dos relacionamentos anteriores”.

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O advogado continua: “Da mesma forma que os filhos do relacionamento atual tem que ser mantidos pelo pai, os dos relacionamentos anteriores também devem ser, inclusive, com mais ênfase, já que na maioria das vezes, a mãe não tem rede de apoio e tampouco pode contar com o auxílio do pai”.

Daniel afirma que em um dos podcast, inclusive, o humorista e apresentador Carioca, fez uma proposta, apresentou um projeto a ele, para que ele pudesse retomar sua vida profissional, sendo essa refutada por ele sob o argumento de não ser possível por conta da execução da pensão que contra ele.

“Deixar de trabalhar não vai extinguir a obrigação da pensão e muito menos diminuir o valor.Ou seja, nota-se claramente que ele não quer e nem vai retornar ao mercado de trabalho por opção dele, para transmitir ainda mais uma imagem de vítima.Importante lembrar, ainda, que o não pagamento da pensão pode caracterizar CRIME DE ABANDONO MATERIAL, já que espontaneamente opta ele por não pagar qualquer valor que seja ao seu filho”, destaca o profissional.

Hajaj pontua que levar a situação para o lado cômico, da mesma forma, não é saudável para a população que enfrenta esse problema, pois a vida na cadeia não é nenhum mar de rosas, ainda que o devedor de pensão alimentícia fique separado daqueles que cometeram crimes mais graves.

“Culpar o filho ou a mãe pela sua inadimplência é uma fala extremamente leviana, que traz desinformação e pode desagregar o ambiente entre pais que discutem valores de pensão ou até mesmo guarda de filhos”.

Ele diz que a única forma de resolver a situação, por mais que não queira, é pagar o que é devido. “Seja à vista, seja parcelado, e obviamente, já que conta com apoio de inúmeros amigos que lhe deram casa, comida e roupa lavada, contar, vez mais, com o apoio deles, pois se ajudaram um marmanjo de 44 anos, porque não ajudariam uma criança com 14 anos”, finaliza.


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Daniel Romano Hajaj esclarece prisão do humorista Carlinhos Mendigo