(Da redação) – Um dos países mais afetados pela crise global, a Islândia fechou sua Bolsa de Valores nesta quinta (9), até a próxima segunda. A situação ficou ainda mais crítica depois que o governo anunciou a estatização do terceiro banco em poucas semanas. Desta vez o alvo foi o Kaupthing, que mantém braços em outros países, como Suécia e – principalmente – Inglaterra.

A questão já começa a provocar problemas diplomáticos, com o primeiro ministro inglês, Gordon Brown, ameaçando processar o governo islandês, se este não garantir a segurança das economias dos ingleses que mantém investimentos em seus bancos. Brown disse que a decisão da Islândia é “completamente inaceitável” e que o governo britânico fará “qualquer coisa que seja necessária para recuperar o dinheiro”.

Enquanto isso, o governo islandês pede à população que não retire seu dinheiro das contas, o que poderia provocar um colapso ainda maior. O Estado já assumiu também as operações dos bancos Landsbanki e Glitnir, e com isso controla a maioria absoluta do sistema bancário, mas admite que não tem como sustentar os três bancos por muito tempo. O primeiro ministro islandês, Geir Haarde, disse que a situação está colocando a Islândia sobre risco de “falência nacional”, e a dívida estimada do país já chega ser 12 vezes maior que seu PIB.

Com pouco mais de 300 mil habitantes, a Islândia não faz parte da União Européia, e até isso vem sendo discutido. Os sindicatos estão pressionando o governo para que o país se candidate a uma vaga.

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Crise pode transformar Islândia no primeiro país a falir

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