Crise do Metanol: 91% dos entrevistados perderam confiança em consumir bebidas fora de casa (Foto: Divulgação)
Em meio aos recentes casos de bebidas contaminadas com metanol, o Ministério da Saúde informou ter recebido 217 notificações de intoxicação, com 17 casos confirmados, até o momento. Diante desse cenário, a Sherlock Communications, agência de comunicação líder na América Latina, encomendou uma pesquisa com a Broadminded que captou a opinião de 506 entrevistados brasileiros, para entender o impacto da crise no comportamento dos consumidores e a percepção sobre a fiscalização.
De modo geral, o levantamento revela um sentimento coletivo de desconfiança e preocupação. Para 95% dos entrevistados, o surto de metanol representa um grave problema de saúde pública que exige fiscalização imediata e efetiva, com 93% afirmando que essa situação revela falta de controle e fiscalização adequados no país, e 88% também interpretando a situação como um caso de criminalidade e falsificação, mais do que um simples problema sanitário. Apenas uma minoria, 25%, acredita na ideia de que se trata de um caso isolado, sem necessidade de maior atenção.
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Confiança abalada
Dentro dos entrevistados que citaram ter mudado seus hábitos de consumo de bebida alcoólica, 54% reduziu a quantidade que bebem, 35% mudaram o tipo de bebida e 11% relataram terem parado de beber. O levantamento aponta também uma preocupação crescente com a segurança, com 44% temendo que um parente ou amigo seja contaminado e 33% com medo de acabar consumindo bebidas adulteradas também.
Mais da metade dos entrevistados (54%) afirmou que se sentiriam mais seguros se as autoridades sanitárias fiscalizassem bares e restaurantes com mais frequência e divulgassem as informações publicamente e 51% defendem a presença de selos de fiscalização visíveis nos locais. Além disso, 37% disseram que gostariam de ter acesso a uma lista oficial e atualizada de estabelecimentos com infrações.
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Esses números reforçam a percepção de que a confiança nas instituições foi diretamente afetada pela crise: 91% afirmam que o episódio reduziu a confiança em consumir fora de casa, e 76% disseram que situações como essa abalam a confiança no governo.
Rastreabilidade: o novo foco do consumidor
A confiança nas bebidas destiladas também passa por uma transformação. Entre as medidas apontadas como mais eficazes para aumentar a sensação de segurança, os destaques são para as campanhas educativas sobre como identificar bebidas falsificadas (42%), adoção de selos de fiscalização nas fábricas (45%) e o uso de QR Codes para rastrear a origem dos produtos (38%).
“Essa tecnologia, inclusive, já está disponível e é acessível às empresas por meio da imutabilidade da blockchain e monitoramento por inteligência artificial que, combinados, criam QR codes autenticados, possíveis de serem estampados em cada produto, para que o consumidor acompanhe cada etapa da cadeia produtiva, desde a origem dos insumos até o ponto de venda”, pontua Rafael Mandia, COO da Blockforce, empresa especializada em soluções de rastreabilidade e transparência por meio de blockchain.
Apesar dessas expectativas, ainda há um alto grau de desconfiança: 27% dos entrevistados afirmam não confiar plenamente nas informações de rastreabilidade dos rótulos, considerando-as fáceis de falsificar, e 22% admitem não saber como verificar essas informações. Quando questionados sobre quem deveria ser o principal responsável por garantir a rastreabilidade das bebidas, 55% apontaram o governo, 22% as destilarias e 18% os bares, enquanto apenas 5% atribuíram essa função ao próprio consumidor.
Os brasileiros também demonstram interesse crescente em ter acesso digital a informações detalhadas sobre o que consomem. Entre os dados mais desejados estão os ingredientes usados e a origem dos insumos (47%), alertas de contaminação (40%), data de produção e validade (34%), reputação do produtor (33%) e reclamações ou informações sobre a seleção dos insumos (27%).
A pesquisa mostra ainda que a demanda por rastreabilidade vai além do setor de bebidas: 92% acreditam que o rastreamento deveria ser obrigatório para bebidas alcoólicas, 89% para alimentos e 88% para medicamentos.
“Nossa pesquisa evidencia que a confiança do consumidor foi abalada e o brasileiro está mais atento e exigente quanto à procedência das bebidas alcoólicas. Há uma demanda importante por transparência e segurança na cadeia de produção e a fiscalização constante junto da comunicação clara tornaram-se fatores decisivos para restaurar a confiança do público e fortalecer o papel das instituições diante da crise do metanol.” analisa Patrick O’Neill sócio-gerente da Sherlock Communications.
Sobre a Sherlock Communications
A Sherlock Communications é uma agência de comunicação multipremiada na América Latina. Com sede no Brasil, a empresa também está presente na Argentina, Colômbia, Peru, México e Costa Rica. Com uma equipe multidisciplinar e totalmente bilíngue, nossa missão é ajudar as empresas a preencher a lacuna comercial e cultural entre os mercados latino-americanos e estrangeiros. A investigação foi realizada pela Broadminded, unidade de pesquisa da Sherlock Communications.