(Da redação) O Rio de Janeiro pode estar prestes a enfrentar uma epidemia de crack. Quem alerta é o psiquiatra e professor Jairo Werner Júnior, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ele é um estudioso do uso de drogas por crianças e adolescentes e está muito preocupado com a expansão do crack no Rio. Entre menores com 10 anos o uso já é comum e há casos de viciados de até seis, sete ou oito anos de idade.

“Se não combatermos e nos prepararmos para enfrentar esta droga desde já, em alguns anos o Rio estará enfrentando uma verdadeira epidemia do crack, com aumento significativo da violência, tráfico e prostituição”, disse o professor em matéria no site da UERJ.

O crack se tornou extremamente acessível na cidade. Uma pedra pode ser comprada com apenas R$ 1. Para os paulistanos, isso não soa como novidade. Mas para os cariocas é. Até pouco tempo, dizia-se que o crack não entrava no Rio porque os traficantes, que consideravam seu alto poder viciante contra-producente, não deixavam.

Isso mudou de pouco tempo para cá. Segundo reportagem do RJ TV, o jornal local da Rede Globo, o crack já é a droga mais consumida entre os moradores de rua da cidade (e 90% das crianças e adolescentes na rua seriam viciadas, segundo a Prefeitura).

A Polícia Federal diz que 40% de toda cocaína apreendida na cidade é crack, o que dá um total de 250 kg ou 50 mil pedras. Já a Polícia Civil afirma que o consumo dessa droga dobrou de 2007 para 2008.

Os abrigos da Prefeitura têm registrado muito mais crianças viciadas procurando uma maneira de escapar da dependência e dos pergios relacionados a elas. Mas fazer tratamento ainda é complicado. Segundo o professor da UERJ, no Rio de Janeiro, apenas a Fundação para a Infância e Adolescência do Estado do RJ (FIA) tem preparo para tratar viciados em crack.

Segundo Werner declarou ao jornal O Globo, “A perspectiva é de nós termos um aumento de 500% nos próximos cinco anos. Então, nós podemos imaginar que isso tem características realmente de uma epidemia, que é o aumento exponencial de uma doença”, avalia Werner.

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Crack pode virar epidemia no Rio de Janeiro