(Da redação) Nesta quinta-feira, 5, aconteceu a votação que aprovou o relatório de conclusão da CPI dos Cartões Corporativos. Dirigido pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), o relatório foi aceito por 15 votos a sete.

A oposição ainda tentou apresentar os votos em separado, pois o texto de Sérgio não indicou nenhum supeito de uso irregular dos cartões nem de envolvidos no dossiê sobre os gastos da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Porém, mesmo sem culpados e passados três meses das investigações, a CPI revela alguns números. Entre eles, a constatação de que o Senado gastou 2.944,00 reais em lanches, salgados e refrigerantes para alimentar a comissão durante o período.

Essa verba fazia parte dos 200 mil liberados pelo governo para serem usados nas investigações da CPI. Porém, nenhum centavo, além dos usados com os lanches, foi utilizado.

“A CPI ficou delimitada aos documentos que o governo teria que nos
enviar. É uma CPI diferente. Não era uma CPI para averiguar in loco, em
todo o país”, explicou a presidente do colegiado, senadora Marisa Serrano
(PSDB-MS).

O deputado Marcelo Melo (PMDB-GO) acrescentou: "Quanto ao lanche, várias vezes começamos às 9h e fomos até as 15h. Querer deixar a gente sem comer é viajar na maionese”.

Da tapioca ao enroladinho de pizza

Desde o início desta CPI dos Cartões Corporativos, há três meses, muitos episódio curiosos puderam ser observados no plenário. Se já foi um absurdo constatar que nossos parlamentares gastaram o dinheiro público em bistrôs, free shops, cabeleireiros e afins, absurdo maior foram os shows dados durantes as sessões da CPI.

Um dos incrédulos episódios aconteceu logo no começo das investigações, no dia 26 de março, quando o deputado Vic Pires (DEM-PA) distribuiu sorvete de tapioca aos membros da CPI, na tentativa de ironizar o gasto em tapiocas no valor de R$ 8,30 apontados no cartão do ministro do Esporte Orlando Silva. Em sua defesa, o ministro alegou que usou o cartão do governo por engano.

Outra fanfarronice ocorreu no último dia 21, quando André Fernandes, acusado de vazar o dossiê sobre os gastos da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, recebeu uma "alforria" da justiça pelo direito de não ser preso, mesmo que faltasse com a verdade. Ou seja, ele pôde mentir.

Qual é o seu ritmo? Seja qual for, venha curti-lo de uma forma diferente!


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CPI dos Cartões acaba em salgados e refrigerantes

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