Com piruetas, contorções e saltos elásticos perfeitos, bailarinas estão tomando as ruas de Cairo, no Egito, como um protesto ao assédio sexual sofrido por mulheres nas ruas da capital egípcia, todos os dias. A iniciativa do fotógrafo Mohamed Taher tem justificativa: um estudo da ONU revelou que 99,3% das mulheres egípcias já sofreram algum tipo de constrangimento ou ameaça em decorrência do assédio sexual. A violência, até então, era um modo de confiná-las em casa, sem o direito de ocupar as ruas de qualquer maneira.
Em “Bailarinas do Cairo”, porém, elas estão livres de qualquer ordem familiar ou matrimonial. Em meio à vibrante cultura egípcia, elas dançam e saltam em nome da arte, para além do gênero que, no cotidiano, as aprisiona em lares e véus. O projeto fotográfico veio, portanto, como uma forma de lutar contra qualquer tipo de opressão e reconquistar o direito de andar livremente pelas ruas do Cairo, sem medo de saltar e ser feliz por aí.
“Nós recebemos diversos depoimentos de garotas que gostariam de poder fazer isso. Elas querem dançar, querem ser livres. Elas querem poder apenas caminhar pelas ruas da cidade sem medo”, explica o fotógrafo e autor do ensaio.
Veja as fotos e a reação do público na galeria abaixo: