O retorno do ecstasy como a droga escolhida pelos jovens no Reino Unido e em toda a Europa está chamando a atenção. Segundo o último relatório anual do Observatório Europeu das Drogas e Toxicomanias (OEDT), que analisa os 28 países da UE mais Noruega e Turquia, o consumo de ecstasy (MDMA) e metanfetamina, historicamente marginalizadas no continente, está em ascensão.
Uma das questões relacionadas a esse aumento do consumo de ecstasy é a expansão da indústria da música eletrônica. Exemplo disso são eventos gigantes como o festival belga Tomorrowland, que em 2014 atraiu quase 360 mil pessoas ao longo de dois fins de semana.
Segundo pesquisas, este crescimento introduziu MDMA a uma nova geração de jovens que não eram sequer nascidos no auge da droga durante a década de 1990.
Os especialistas em drogas também apontam para táticas “criativas e às vezes agressivas de marketing”, incluindo o uso de logotipos, como Superman e a produção de comprimidos MDMA especificamente para eventos individuais, tipicamente festivais de música. A polícia holandesa relatou mais de 170 modelos de tablet em circulação em 2014.
O comitê científico do OEDT identificou ainda “quatro potentes e perigosas substâncias”: 25I-NBOMe, AH-7921, MDPV e metoxetamina, que podem ser mais nocivas que o LSD (alucinógeno), morfina (opiáceo), cocaína (estimulante) e ketamina (remédio com propriedades analgésicas e anestésicas).
O consumo de ecstasy vinha caindo desde o seu pico em meados da década de 2000, mas o observatório europeu com sede em Lisboa disse que o último levantamento de dados sugeriu 2,1 milhões de pessoas com idades entre 15-34 consumindo ecstasy no último ano, 300 mil a mais do que a estimativa em 2015.
Enquanto isso, drogas amplamente conhecidas, como a cocaína, heroína e a maconha, atravessam uma tendência de estabilização ou de regressão na Europa, apontou o OEDT.
Os efeitos das drogas
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