O vôo estava lotado. Não ouve nenhum comentário da tripulação sobre a tragédia. E nem precisava. O rosto fechado das pessoas já falava por si. Acomodei-me na poltrona e pensei que o modo mais fácil de encarar a viagem seria dormindo. Foi o que eu fiz. Acordei só quando nos preparávamos para o pouso. Foi um vôo tranqüilo, sem muitas dificuldades.

Já em solo paulistano, na espera pelas bagagens, que percebi que o medo no rosto das pessoas já não existia. E a incerteza que se via no embarque tinha se transformado no alivio do desembarque.

Razyane Audibert, autora do texto, é estudante de medicina e tem 20 anos. Ela fez parte do vôo 3866, que partiu de Porto Alegre com destino a São Paulo apenas um dia depois da tragédia em Congonhas.

Comissário de bordo: glamour ou grana?


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