A máxima de que homens são de Marte e mulheres são de Vênus pode estar prestes a ir por água abaixo. Pesquisadores da Universidade de Rochester, em Nova York, avaliaram mais de 13 mil adultos e constataram de que a noção de que há uma diferença entre os sexos pode ser uma tremenda besteira, segundo informou o jornal Daily Mail.

Através de 122 questões, foram analisadas as atitudes de ambos os sexos e avaliados desde suas habilidades matemáticas ao que preferem assistir na televisão. Segundo a pesquisa, as mulheres podem ser tão agressivas como os homens e os homens podem ser tão compreensivos quanto as mulheres.

Emocionalmente, homens e mulheres muitas vezes têm a mesma atitude em seus relacionamentos e procuram as mesmas qualidades em um parceiro, dizem os pesquisadores. Casais gays também não fogem do padrão e discutem exatamente as mesmas coisas que os casais heterossexuais, dizem os pesquisadores.

Homens e mulheres acabam acreditando que há diferenças entre si por causa de atitudes que começam quando eles nascem, explica um dos autores da pesquisa, o professor Harry Reis.

“As pessoas pensam sobre os sexos como categorias distintas. ‘Menino ou menina?’ É a primeira pergunta que os pais respondem sobre seus filhos. E o sexo acaba persistindo pela vida como a característica mais abrangente usada para distinguir categorias entre os seres humanos”, explica.

Das 122 questões pesquisadas, pouquíssimas obtiveram grandes diferenças entre homens e mulheres. As exceções foram os interesses estereotipados: cosméticos e costura para mulheres, boxe e pornografia para os homens, por exemplo.

“Quando algo dá errado entre os parceiros, as pessoas costumam culpar o sexo do outro parceiro imediatamente. Ter estereótipos de gênero impede as pessoas de olharem para o seu parceiro como um indivíduo. Casais de gays e lésbicas têm muito os mesmos problemas relacionados entre si que os casais heterossexuais. Claramente, não é tanto sexo, mas o caráter humano que causa dificuldades”, explica o professor.


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Comportamentos feminino e masculino têm mais semelhanças do que diferenças, diz estudo