O general colombiano Oscar Naranjo afirmou que foram encontrados documentos no acampamento onde Raúl Reyes foi morto. Nos documentos, estavam evidências que o presidente venezuelano Hugo Chávez (foto) forneceu dinheiro às Farc. Há um pagamento administrado pelas Farc ante o governo do presidente Chávez, de US$ 300 milhões, para apoiar a causa terrorista, disse Naranjo.
O governo colombiano também disse ter encontrado documentos da guerrilha que comprovam compra e venda de 50 quilos de urânio. Nesta terça-feira, o vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, alegou que as Farc estão planejando a construção de uma bomba suja. De acordo com o vice-presidente, a guerrilha estaria negociando material radioativo para gerar armas sujas de destruição e terrorismo.
Ainda nesta terça-feira, Chávez determinou o fechamento de sua fronteira com o território colombiano, após enviar mais tropas para o local. Já o presidente colombiano Álvaro Uribe declarou que vai denunciar o líder venezuelano na Corte Penal Internacional por patrocinar e financiar genocidas. Uribe disse que o embaixador colombiano anunciará que os trâmites do processo já iniciaram.
O presidente norte-americano George W. Bush elogiou, hoje, a postura do governo colombiano em relação à ofensiva contra as Farc. Os pré-candidatos às eleições americanas, Barack Obama e Hillary Clinton, também defenderam a Colômbia, mas pediram calma aos três países envolvidos. Em contrapartida, o Equador acusou a Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA) de ter realizado uma violação planejada e premeditada.
A Colômbia reiterou seu pedido de desculpas ao governo e povo equatoriano, perante a OEA, nesta terça-feira.