Promíscua, egoísta, sem vergonha… Mulheres que defendem a descriminalização do aborto já ouviram de tudo um pouco. Na última quinta-feira, 28 de abril, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realizou uma audiência pública para debater a SUG 15/2014, proposta que visa regulamentar a interrupção voluntária da gravidez dentro das 12 primeiras semanas de gestação, pelo SUS. Dentro da nossa legislação, o aborto só é permitido em casos de estupro, risco de vida à gestante e anencefalia fetal.
Por meio das hashtags #SUG15, #AbortoLegal e #LegalizarOAborto, mulheres se reuniram nas redes sociais para engrossar o coro contra aqueles que defendem a criminalização com argumentos baseados em religião ou crença pessoal, ignorando o problema de saúde pública que está por trás dos abortos clandestinos. Para quem assistia à audiência de longe, o sentimento era de frustração. “As feministas querem legalizar o aborto para praticarem o sexo ilícito”, defendeu a jornalista Patrícia Lélis, durante o debate.
Conversamos com algumas mulheres que contaram os piores absurdos e argumentos que já ouviram de quem é contra o aborto, em quaisquer circunstâncias. Sim, tem gente que defende a gestação até em casos de estupro, por exemplo. Nada de estudos, dados ou números capazes de comprovar a eficácia da criminalização e por que ela salva vidas, já que as clínicas clandestinas estão aí, funcionando livremente; a vida do feto ainda é mais importante que o direito de escolha de uma mulher.
Aqui estão alguns dos exemplos mais sem fundamento de quem é “do contra”, saca só: