Coach de relacionamento marca 15 encontros para provar teoria da masculinidade frágil (Foto: CO Assessoria)

Durante três meses, a coach de relacionamento Katie Flowers mergulhou no mundo dos aplicativos de paquera com uma missão curiosa: entender como a masculinidade frágil se manifesta na vida real. Ela marcou 15 encontros com homens com idades que variam de 23 a 52 anos, para explorar como a insegurança masculina afeta o sexo, o flerte e os relacionamentos — e descobriu que, por trás da autoconfiança, há muita dúvida, silêncio e momentos inesperados.

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Katie Flowers teve como objetivo observar seus comportamentos e as contradições entre o que eles diziam e o que realmente faziam durante o flerte — e, claro, no calor do momento.

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“Eu queria entender como os homens lidam com vulnerabilidade, desejo e insegurança quando acham que estão no controle da situação”, resume Katie. Ela encontrou uma mistura de charme ensaiado, insegurança disfarçada e muitos discursos contraditórios.

Katie dividiu os perfis por faixas etárias para observar padrões. Homens na casa dos 20 anos, segundo ela, foram os mais inseguros emocionalmente, embora se apresentassem como confiantes nas conversas online. “Eles tentam parecer tão resolvidos, mas ainda estão se descobrindo. Um deles travou no meio de um olhar sério e disse: ‘Desculpa, acho que beijei rápido demais. Você vai achar que eu sou carente.’”

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Os homens na faixa dos 30 anos pareciam mais centrados, mas ainda mostravam ansiedade em provar que “sabiam o que estavam fazendo”. Um deles até interrompeu um momento íntimo para fazer um mini monólogo: “Quero que você saiba que eu entendo as mulheres. Não sou como os outros caras.” Segundo Katie, ele falhou em manter uma conversa intelectual momentos depois.

Já os homens acima dos 40 anos foram os que mais a surpreenderam: “Eles falavam menos e se entregavam mais rápido. Mas mesmo assim, havia uma necessidade clara de validação — como se quisessem provar algo o tempo todo.” Em um dos encontros, um executivo bem-sucedido admitiu que temia parecer “um fracasso” por não conseguir manter conversas profundas. “Mas você é coach, então vai me julgar menos, né?” ele perguntou.

Nem todos os encontros terminaram em sexo, o que foi uma parte importante do estudo. Katie estabeleceu um “termômetro pessoal” para saber se valia a pena continuar. “Eu observava a escuta ativa, o grau de empatia e o tipo de humor que o cara usava. Se ele parecia mais preocupado com a própria performance do que com a conexão, não passava. Só os homens que mostraram uma abertura genuína fizeram parte da seleção!”

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O que é a seleção? Um segundo encontro e minha resposta ao contato deles também foram parte da minha avaliação sobre como a masculinidade deles se sustentava ao ser autêntico comigo mesma e com o que espero de um relacionamento duradouro.

Entre os 15 encontros, cerca de 40% dos homens deram ghost após o primeiro encontro, ou seja, sumiram sem dar explicações. Outros 35% tentaram manter contato — alguns de forma insistente, outros buscando conselhos ou querendo marcar novos encontros. Apenas 25% encerraram naturalmente, com mensagens cordiais, sem prolongar algo que não tinha futuro.

Katie percebeu que os homens têm dificuldade de verbalizar o que realmente desejam, seja por medo de parecerem fracos ou por estarem acostumados a esconder o que sentem. “A masculinidade que eles projetam é construída em cima de expectativas externas. Quando você tira a performance, o que sobra é um homem que não sabe bem como se comportar quando é verdadeiramente visto.”

Para Katie, o experimento não é sobre expor ninguém, mas ajudar as mulheres a navegar melhor nesse cenário. “A ideia é transformar essas observações em conteúdo prático. Se a mulher entende de onde vem essa insegurança, ela perde menos tempo tentando decifrar alguém que nem se entende.”

E, entre tantas revelações, também surgiram situações engraçadas. Um rapaz justificou sua falta de ação dizendo que estava em um “período sabático do sexo.”

“Eles não são vilões; são humanos em crise de identidade. E quando isso não frustra, pode até ser cômico.”

No fim, Katie percebeu que a masculinidade frágil não é um rótulo — é um estado de ser. Um reflexo de uma geração (ou várias) ainda aprendendo a lidar com intimidade, autoestima e desejo, sem máscaras. “Se entendermos isso com empatia, podemos parar de romantizar relações rasas e começar a criar conexões reais.”

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Coach de relacionamento marca 15 encontros para provar teoria da masculinidade frágil