Cientistas do Brasil e Estados Unidos desenvolveram um novo método para o diagnóstico da leucemia, mais rápido e preciso, que antecipará o início do tratamento contra a doença, informou neste domingo a Agência Brasil.
O novo método, ao contrário dos atuais, que analisam as células uma a uma, permitirá estudar ao mesmo tempo cerca de 30 mil, disse Rodrigo Calado, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, que participou da pesquisa.
O novo método utiliza um aparelho chamado citômetro de fluxo, usado para exames de linfócitos em pacientes portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou com fibrose pulmonar e anemia aplástica, que permite dar mais rapidez na análise do sangue e assim acelerar a detecção da leucemia, explicou o especialista.
Calado assinalou que este novo método também permitirá fazer um controle mais adequado sobre o andamento do tratamento contra a leucemia e avaliar seus efeitos sobre o paciente.
O professor explicou que a experiência foi testada em pessoas com algum tipo de câncer no sangue e submetidas à quimioterapia, e que o resultado foi excelente, pois inclusive permitiu determinar quando o paciente estava realmente curada.
Os estudos foram desenvolvidos durante os dois últimos anos por cientistas da Universidade de São Paulo e de cinco institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos.
Segundo os cálculos de Calado, este novo método estará à disposição dos laboratórios em um prazo de dois ou três anos.
“Os laboratórios têm que adaptar o que já existe para poder fazer esse método, e isso leva tempo”, disse.