(EFE) Os venezuelanos deram ao presidente Hugo Chávez a possibilidade de concorrer a um terceiro mandato em 2012, em um referendo cujo resultado ele qualificou de "grande vitória do povo e da revolução". A emenda constitucional que coloca fim ao limite para a reeleição aos cargos públicos foi aprovada no domingo com 54,36% dos votos.
"Foi uma grande vitória do povo, uma grande vitória da revolução", proclamou Chávez ao se dirigir a seus seguidores da sacada do Palácio de Miraflores após a vitória do "sim" nas urnas.
"Os senhores escreveram meu destino", disse o presidente. Ao lado de suas filhas, netos e ministros, Chávez jurou que "a partir deste instante vai se consagrar integralmente ao pleno serviço do povo venezuelano".
Aos 54 anos, Hugo Chávez acaba de completar uma década no poder e já se proclamou pré-candidato pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) às eleições presidenciais de 2012.
"Preparemo-nos pois: começa o terceiro ciclo histórico da "revolução", de 2009 a 2019. Estou pronto! Em 2012 haverá eleições presidenciais para o período 2013-2019 e, a menos que Deus disponha outra coisa, que o povo disponha outra coisa, este soldado já é pré-candidato à Presidência", afirmou.
Urnas
Minutos antes do discurso de Chávez, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, anunciou o primeiro Diário Oficial, apurados 94,2% dos votos, que dava a vitória do "sim" com uma margem de 8,73 pontos percentuais.
Lucena disse, em uma declaração na sede do órgão eleitoral, que a opção do "sim" obteve 54,36% dos votos, e o "não" 45,63%, com uma participação de 67,05% do eleitorado (32,95 % de abstenção).
Oposição
Após o anúncio dos resultados, o presidente do partido opositor Um Novo Tempo, Omar Barboza, reconheceu a vitória do "sim".
"Temos que reconhecê-lo", disse Barboza, denunciando no entanto o "vantagismo" do Governo no processo eleitoral e afirmando que não se tratou de uma luta contra uma emenda, mas de uma "luta contra o Estado", ao mesmo tempo em que encorajava a seguir com seu compromisso por uma mudança no país.
Em outro discurso na sede opositora, o líder estudantil David Smolansky admitiu o triunfo eleitoral da opção promovida por Chávez no referendo.
"Aceitamos os resultados (…), mas devemos denunciar o vantagismo e o abuso de poder do Governo, além da criminalização do movimento estudantil", explicou Smolansky na primeira declaração de setores opositores, após serem conhecidos os resultados.
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