(Da redação) Com a saída de Fidel Castro do comando de Cuba, ele passou a ser o líder latino-americano a mais tempo no poder. Hugo Chávez completou 10 anos de uma administração marcada por muitas bravatas, medidas polêmicas, flertes com autoritarismo e reconhecidos avanços sociais.
Para não perder o costume, seu governo lançou outra medida polêmica para comemorar a data: o dia em que Chávez chegou ao poder virou feriado nacional. A medida foi anunciada apenas 24 horas antes do dia 2 de fevereiro.
Chávez não mostra sinais de que está cansado do poder. Pelo contrário. Dia 15 de fevereiro, acontece um referendo popular para mudar a Constituição venezuelana, que atualmente só permite que um presidente fique no cargo por dois mandatos. Chávez foi eleito com ampla maioria por três vezes: 1998, 2000 e 2006. A eleição de 2000 contou como se fosse seu primeiro mandato, pois obedecia uma nova constituição nacional.
O presidente venezuelano ficou conhecido internacionalmente por seu estilo sarcástico, insolente e suas frases de efeito. Num famoso incidente, durante uma reunião de dirigentes, o rei Juan Carlos, da Espanha, quebrou o protocolo e mandou que ele calasse a boca, pois não interrompeu a fala do presidente espanhol, Felipe Zapatero. Porque no te callas!, disse o rei, numa frase que virou até toque de celular.
Mas as bravatas de Chávez são mais show do que qualquer outra coisa. Atacava os EUA e o governo Bush semana sim, semana não. Isso não impediu os EUA de seguirem sendo o maior comprador do petróleo venezuelano e o país de onde a Venezuela mais importa produtos gerais. E, apesar da pose de quem bate o pau na mesa, se submete às
No campo interno, Chávez enfrenta uma feroz oposição, que chegou até a tentar derrubá-lo num fracassado golpe de estado em 2002. As classes média e alta do país e a maior parte da grande imprensa o detestam. Seu eleitorado está principalmente entre os mais pobres, que beneficia com extensos programas sociais. A pobreza no país diminuiu de 50% para 33% da população nesta década.
Chávez também gasta 7% do PIB (a soma de todas as riquezas do país) com educação (o Brasil gasta menos que 4%). Segundo a Unesco divulgou recentemente, a Venezuela é um dos países que tem "mais chances" de atingir seus objetivos do programa "Educação para Todos" (EPT), aceito por 164 nações, se esse país mantiver seus investimentos e políticas nessa área.
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