(EFE) – O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou hoje que "há vários detidos" pela suposta conspiração de militares contra ele denunciada na noite da quarta-feira, sem revelar o número ou as identidades dos envolvidos.
"Há vários detidos e o ministro da Defesa (Gustavo Rangel) ordenou abrir uma investigação através da Procuradoria militar", disse Chávez, em um ato com partidários realizado em Caracas.
Chávez ordenou que seu discurso fosse transmitido em rede nacional de rádio e televisão, assim como a gravação na qual supostamente três militares reformados de alta patente falam sobre o complô.
A decisão de ordenar a transmissão foi porque, segundo Chávez, os meios de comunicação privados não colocaram em suas edições de hoje a informação sobre o complô descoberto.
O líder reiterou que os planos para matá-lo ou derrubá-lo foram planejados pelos Estados Unidos e conta com a colaboração de setores venezuelanos abastados aos quais chama de "pitiyanquis" (defensores dos interesses dos EUA).
"Por trás da conspiração, está a oposição política e, por trás, os "pitiyanquis" e a oligarquia e, por trás, o império americano", afirmou o governante.
O ministro da Defesa venezuelano, Gustavo Rangel, anunciou uma entrevista coletiva à tarde na qual poderia oferecer detalhes das detenções, que seriam de militares.
Chávez disse que o complô faz parte de uma "ofensiva americana continental", frente à qual, disse, se oporá com todas suas forças.
"Estamos ativados. Não acredite o império que fará de novo o que fizeram no Chile em um dia como hoje. Não vão conseguir", disse Chávez, lembrando Salvador Allende, a quem qualificou de "presidente-mártir".
O chefe de Estado venezuelano disse que hoje falou sobre estes assuntos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o líder boliviano, Evo Morales.
"Querem deter nossa revolução e com isso atingir todos os processos de mudança que estão em andamento em nosso continente", disse Chávez.
O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) anunciou hoje que denunciará o caso à Procuradoria Geral da República para que seja aberta uma investigação.
Além disso, a presidente da Assembléia Nacional, Cilia Flores, informou que uma delegação da câmara viajaria hoje para denunciar o suposto complô ao Mercosul.
Também disse que as gravações serão enviadas à próxima reunião da União Interparlamentar.
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