A canadense Alice Munro venceu nesta quinta-feira (10) o Prêmio Nobel de Literatura 2013, informou a Academia Sueca, que a classificou como “mestre do relato curto contemporâneo”.
Munro, destacou a Academia em sua decisão, é consagrada por seu “harmonioso estilo de relatar, que se caracteriza por sua clareza e realismo psicológico”.
Considerada por alguns críticos como “a Tchecov canadense”, a escritora, nascida em 1931 em Wingham, na província de Ontário, é conhecida por suas histórias breves e publicou várias coleções ao longo dos últimos anos.
Munro, que chegou a estudar jornalismo e inglês, abandonou a universidade ao se casar. A escritora escreveu suas primeiras histórias na adolescência, mas publicou sua primeira obra, Dance of the Happy Shades, em 1968.
No Brasil, a Companhia da Letras publicou seus livros Amor de uma Boa Mulher, Felicidade Demais e Fugitiva, e a Editora Globo lançou Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento.
Suas obras costumam ter como cenário pequenas cidades onde a luta por condições de vida aceitáveis provoca em algumas ocasiões conflitos morais.
O valor do prêmio é de milhões de coroas suecas (US$ 1,3 milhão) e o vencedor do ano passado foi o chinês Mo Yann.
Amanhã, será anunciado o vencedor do Prêmio Nobel da Paz, e na segunda, o de Economia. Na segunda-feira, foram divulgados os ganhadores do Nobel de Medicina, concedido aos cientistas americanos James E. Rothman e Randy W. Schekman e ao alemão Thomas C. Südhof.
Na terça-feira, foi anunciado o de Física, ganho pelo físico belga François Englert e o britânico Peter Higgs. Ontem, foi a vez do de Química, vencido pelo austríaco Martin Karplus, o sul-africano Michael Levitt e o israelense Arieh Warshel.
A entrega dos prêmios será realizada, de acordo com a tradição, em duas cerimônias paralelas em 10 de dezembro, em Oslo para o da Paz e em Estocolmo para os restantes, coincidindo com o aniversário da morte de Alfred Nobel.