A Louis Vuitton levou um duro golpe depois que um tribunal da União Europeia jogou fora seu direito de exclusividade sobre o uso do clássico xadrez “tabuleiro de damas”, um ícone para marca. A grife, que detinha o monopólio sobre o padrão quando aplicado a artigos de couro e bolsas, vinha lutando para proteger a padronagem desde 2009.
Algumas de suas bolsas mais populares, incluindo Alma, Speedy e Neverfull usam o padrão de tabuleiro de damas. Segundo a decisão, o padrão quadriculado que remete a um tabuleiro de damas era “básico e banal” e composto por “elementos muito simples, e que era bem sabido que esse recurso tinha sido utilizado com uma finalidade decorativa em relação a vários bens”.
De acordo com o advogado da marca Sharon Daboul, a grife detinha o monopólio sobre o padrão quando aplicado a artigos de couro e bolsas.
De acordo com especialistas ouvidos pelo jornal “Daily Mail”, este pode não ser o fim do caso, já que é possível recurso para o Tribunal de Justiça Europeu.
Muitas grandes marcas têm lutado longas e caras batalhas legais para tentar manter o uso exclusivo de um padrão ou cor. A Burberry enfrentou um problema semelhante ao da Vuitton em 2013, quando recorreu de uma decisão tomada pelas autoridades chinesas que cancelaram a proteção da marca registrada pela sua famosa estampa Haymarket quando usada em artigos de couro. E um dos casos mais famosos foi sobre a sola vermelha em sapatos reivindicada pela Christian Louboutin nos EUA em 2012. Um tribunal do país decidiu a favor da Louboutin após a concorrente Yves Saint Laurent ter usado o recurso. Uma exceção à regra é quando o sapato em si for vermelho também. Nesse exemplo, uma outra marca pode combinar a cor da sola com a do sapato.