(Da redação) – A seleção brasileira masculina de vôlei decepcionou ao perder, em casa, para a americana, mas três garotos da terra dos tupiniquins deram uma lavada na alma ao vencer, nos EUA, o Oscar dos quadrinhos: o prêmio Eisner. Os gêmeos paulistas Fábio Moon e Gabriel Bá, 32, (foto) ganharam, na última sexta-feira, nas três categorias que concorriam: Melhor HQ Digital, Melhor Série Limitada e Melhor Antologia. Esta última se chama 5 e foi feita com a americana Becky Cloonan, o grego Vasilis Lolos e o gaúcho Rafael Grampá, o terceiro brasileiro vencedor.
Sugar Shock foi eleita a melhor HQ digital, roteirizada por Joss Whedon (criador da série "Buffy") e ilustrada por Fábio Moon. O primeiro lugar da melhor série limitada foi "The Umbrella Academy", escrita por Gerard Way (vocalista da banda My Chemical Romance), com arte de Gabriel Bá e ainda inédita no Brasil.
Fábio Moon, Gabriel Bá e Rafael Grampá estão na Comic-Con, em San Diego, a mais disputada convenção de quadrinhos dos Estados Unidos. Na viagem, os gêmeos aproveitaram para lançar na feira uma nova antologia: "Pixu", desta vez em parceria com Vasilis Lolos e Becky Cloonan, sem Rafael Grampá, que decidiu se dedicar a "Mesmo Delivery", livro-solo publicado pela editora Desiderata e também lançado na Comic-Con.
Os meninos do Brasil foram elogiados no palco por Jerry Robinson, 86, um dos primeiros roteiristas de Batman, e, como autores do Brasil, citados no discurso de outro grande nome das HQs, Brad Meltzer, um dos vencedores.
Bá e Moon começaram a carreira em fanzines. O primeiro foi Vez em Quando, seguido por Ícones. Em 1997, surgiu o terceiro e mais famoso: 10 Pãezinhos. As HQs dos garotos misturam humor, romance e recursos metalingüísticos, como conversas diretas com o leitor.
Os irmãos já foram indicados à melhor antologia em 2004 (Autobiographix) e 2007 (24Seven) no mesmo ano tiveram ainda uma indicação só deles por De:Tales, na categoria melhor edição americana de material estrangeiro.
